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De muito mau gosto...

O mau gosto do nosso Governo chega a este ponto: tenho a minha filha doente e quando pressinto que a situação é mais grave, opto sempre pelo Hospital da Estefânia. Tenho a melhor das opiniões. Nesta última semana foram dias e dias a caminhar para lá, para avaliar o estado da criança, diagnósticos, análises etc. Ora, no SNS as crianças são isentas de taxas moderadoras.
Mas os senhores agora optaram por, mal fazemos a inscrição da criança à chegada à urgênia darem-nos um papel demonstrativo dos gastos acumulados em consequência dos actos médicos praticados. No caso da minha filha, relativamente ao ano em curso já tem uma conta corrente de 485,30€ - e eles reforçam que o fazem para os cidadãos terem a noção do quanto o Estado é um Estado Providência (isto são palavras minhas) é amigo e de quanto investe nos seus cidadãos, isto para reforçar que nem pagamos assim tantos impostos.
Não fosse o preço dos selos, acho que lhes escrevia cartas diárias a relembrar o valor de retenção na fonte indevido que me fazem suportar num ano inteiro, e depois pagam-me de juros uma quantia na ordem de 1€ - é de os mandar bugiar mesmo!

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 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en