E sem pré-aviso (quer dizer, a noite passada tossiu algumas vezes, mas nada de alarmante), hoje ao final da tarde quando a fui buscar achei-a estranha, molengona e muito encostada, a querer colo...enfim, quem é mãe conhece a sua cria e percebe logo quando as coisas não estão bem.
Cheguei a casa, fui analisar a temperatura, 37.6º, não achei grave, mas ali já tinha gato, aliás, tigre, puma, sei lá...
Pediu para o jantar esparguete com ovo mexido, e, quando está doente, faço-lhe a vontade, mas...comecei a sentir que ela não estava a respirar bem. Perguntei-lhe se lhe doía alguma coisa, disse que lhe doía a cabeça e a barriga, o nariz estava desentupido - comecei a perceber que era mais grave do que o suposto.
Logicamente perguntei se lhe faltava o ar, se tinha dificuldades em respirar e ela dizia que não, que só doía a barriga e que não conseguia dormir porque a barriga ia para cima e para baixo.
Houston, estive ali uns minutos a tentar avaliar a situação, acalmei-a, começou a chorar que não queria ir ao hospital, blá blá blá...quando vi aquela pele da barriga a enfiar-se pelas costelas dentro...nunca me vesti tão depressa, nem sei o que vesti, agora reparo que levei a camisola do avesso e lá fui, obviamente que para variar sem qualquer apoio do progenitor, o que é costume desde que nos traiu e ultrajou há 4 anos atrás, a minha mãe ligou-me sem saber de nada (nestes casos avanço, tenho que avançar, sou a mãe e nunca abandonei a minha filha, mesmo estando eu algumas vezes também tão doente, o que hoje não foi o caso).
- Então filha, não dizes nada!?
Lá lhe falei num tom áspero que não tinha tempo a perder, ia a caminho do hospital com a minha filha, porque a falta de ar era preocupante - eu já nem sabia se me encaminha para o Hospital de Cascais, se para a Estefânia, se me aventurava a conduzir, se chamava uma ambulância para ela ter auxílio...mas respirei fundo, fui em marcha urgente, apanhei a minha mãe no caminho (de facto nestes momentos está sempre lá) e lá rumei à Estefânia que de facto nestes casos graves continua a ser uma boa escolha.
Cheio de gente, mas mal me aproximo do guichê para fazer a inscrição e digo que a bebé estava com falta de ar, ainda tinha o cartão de cidadão dela na mão e já a estavam a chamar.
Não, não sou alarmista, não vou para o hospital feita maluca...era grave de facto, pulseira vermelha, já não saímos de lá de dentro sem uma bombada de cortisona, ventilação...e depois espera. A falta de ar continuava, o indice de saturação baixíssimo, o enfermeiro (que à conta dos últimos episódios relacionados com a Mononucleose já é nosso "conhecido") foi a correr à procura de um médico disponível, eu desarmei, chorei, e não pude deixar de pensar como é que certas criaturas se conseguem deitar sem culpa na cama...dizem que cá se fazem, cá se pagam...não sei quando se paga, mas acredito que sim...talvez....
Mais um raio-x, iões para mãe e filha, temos levado com raios ultimamente que tem sido uma loucura, mais uma ida ao gabinete, nova ventilação, o ar continuava a rarear, o batimento cardíaco acelerou (é normal com a medicação que fez), mas acima do normal, apesar de tudo. Repôr um bocado aquele pequenino coração, nova vistoria, enfim, chegámos há pouco e tem que andar muito bem controladinha nos próximos tempos.
Os médicos não estão inclinados para asma, mas não descartam a hipótese, o que é uma chatice, mas depois vem a cena da hereditariedade, e eu tenho imensas alergias, sinusite e por aí, portanto ela pode ter propensão a estes episódios, juntando a uma infecção viral respiratória, deu noutro grande susto na minha vida
Eu posso vir a ter mais filhos, mas o que tenho passado com a Lady Bébécas faz com que tenha uma ligação e um instinto tão apurado que não sei se o terei com futuros filhos...aliado ao amor, há muito sofrimento e esses sentimentos prendem as pessoas.
Enfim, tenho que trabalhar, tenho uma filha para criar...e não é fácil...de todo, e sem dúvida que a falta de saúde é das piores partidas que a vida nos pode pregar.
Ok, tive sangue frio, apercebi-me da situação que podia ter sido bem mais grave, nem quero pensar.
Cheguei a casa, fui analisar a temperatura, 37.6º, não achei grave, mas ali já tinha gato, aliás, tigre, puma, sei lá...
Pediu para o jantar esparguete com ovo mexido, e, quando está doente, faço-lhe a vontade, mas...comecei a sentir que ela não estava a respirar bem. Perguntei-lhe se lhe doía alguma coisa, disse que lhe doía a cabeça e a barriga, o nariz estava desentupido - comecei a perceber que era mais grave do que o suposto.
Logicamente perguntei se lhe faltava o ar, se tinha dificuldades em respirar e ela dizia que não, que só doía a barriga e que não conseguia dormir porque a barriga ia para cima e para baixo.
Houston, estive ali uns minutos a tentar avaliar a situação, acalmei-a, começou a chorar que não queria ir ao hospital, blá blá blá...quando vi aquela pele da barriga a enfiar-se pelas costelas dentro...nunca me vesti tão depressa, nem sei o que vesti, agora reparo que levei a camisola do avesso e lá fui, obviamente que para variar sem qualquer apoio do progenitor, o que é costume desde que nos traiu e ultrajou há 4 anos atrás, a minha mãe ligou-me sem saber de nada (nestes casos avanço, tenho que avançar, sou a mãe e nunca abandonei a minha filha, mesmo estando eu algumas vezes também tão doente, o que hoje não foi o caso).
- Então filha, não dizes nada!?
Lá lhe falei num tom áspero que não tinha tempo a perder, ia a caminho do hospital com a minha filha, porque a falta de ar era preocupante - eu já nem sabia se me encaminha para o Hospital de Cascais, se para a Estefânia, se me aventurava a conduzir, se chamava uma ambulância para ela ter auxílio...mas respirei fundo, fui em marcha urgente, apanhei a minha mãe no caminho (de facto nestes momentos está sempre lá) e lá rumei à Estefânia que de facto nestes casos graves continua a ser uma boa escolha.
Cheio de gente, mas mal me aproximo do guichê para fazer a inscrição e digo que a bebé estava com falta de ar, ainda tinha o cartão de cidadão dela na mão e já a estavam a chamar.
Não, não sou alarmista, não vou para o hospital feita maluca...era grave de facto, pulseira vermelha, já não saímos de lá de dentro sem uma bombada de cortisona, ventilação...e depois espera. A falta de ar continuava, o indice de saturação baixíssimo, o enfermeiro (que à conta dos últimos episódios relacionados com a Mononucleose já é nosso "conhecido") foi a correr à procura de um médico disponível, eu desarmei, chorei, e não pude deixar de pensar como é que certas criaturas se conseguem deitar sem culpa na cama...dizem que cá se fazem, cá se pagam...não sei quando se paga, mas acredito que sim...talvez....
Mais um raio-x, iões para mãe e filha, temos levado com raios ultimamente que tem sido uma loucura, mais uma ida ao gabinete, nova ventilação, o ar continuava a rarear, o batimento cardíaco acelerou (é normal com a medicação que fez), mas acima do normal, apesar de tudo. Repôr um bocado aquele pequenino coração, nova vistoria, enfim, chegámos há pouco e tem que andar muito bem controladinha nos próximos tempos.
Os médicos não estão inclinados para asma, mas não descartam a hipótese, o que é uma chatice, mas depois vem a cena da hereditariedade, e eu tenho imensas alergias, sinusite e por aí, portanto ela pode ter propensão a estes episódios, juntando a uma infecção viral respiratória, deu noutro grande susto na minha vida
Eu posso vir a ter mais filhos, mas o que tenho passado com a Lady Bébécas faz com que tenha uma ligação e um instinto tão apurado que não sei se o terei com futuros filhos...aliado ao amor, há muito sofrimento e esses sentimentos prendem as pessoas.
Enfim, tenho que trabalhar, tenho uma filha para criar...e não é fácil...de todo, e sem dúvida que a falta de saúde é das piores partidas que a vida nos pode pregar.
Ok, tive sangue frio, apercebi-me da situação que podia ter sido bem mais grave, nem quero pensar.
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