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As escolhas clínicas para a minha filha

Por vezes perguntam-me a que médicos levo a Bébécas em caso de urgência, e confesso que nesses casos tento manter a calma até ao momento em que é possível e não me precipito ao primeiro sinal.

Quando tem febre dedico-me à profilaxia sintomática, tento saber se as pessoas com quem ela possa ter convivido tiveram algum problema e coração ao alto. Embora os médicos digam sempre para esperar mais, como mãe já conheço a minha filha como ninguém e consigo perceber quando se trata de algo mais grave ou não, e o facto é que não me tenho enganado.

Quando a pediatra dela está disponível ligo-lhe e exponho a situação, tenho amigos médicos com os quais também comento as coisas e oiço opiniões, mas se sinto que tem que ir ao hospital, vai mesmo, fazer análises, o que quer que seja, porque com febres de 40º não se brinca.

Quando pressinto que não nenhuma sangria desatada levo-a às urgências pediátricas do Hospital da Luz que são muito boas, no ano passado quando teve aquele doença maravilhosa da mão, pé e boca ou na ordem em que eles entendem que é, levei-a ao Hospital de Cascais que é o da nossa área de residência, não desgostei, parece tratar-se de um hospital privado, com todas as mordomias.

Agora quando sinto que a situação é grave, não hesito, HDE com ela (Estefânia) e reafirmo que é o melhor entre os melhores. Tem muita afluência, tem, mas que as crianças não são negligenciadas, não são - esgotam todas as dúvidas, contactam-nos para tirar mais dúvidas, como eu os questiono nalguns pontos clínicos que domino tiram-me todas as dúvidas sem qualquer má vontade ou tiques de superioridade associados.

Se fez uma análise que não lhes quadra, vamos repetir e explicam o porquê, dão apoio aos pais, disponibilidade e tudo o que for necessário.

Estes últimos dias a nossa rotina tem sido HDE, a Bébécas já é conhecida quando lá entra; lá lhe pegam ao colo, dão beijinhos, brincam com ela, tudo com uma sensibilidade e carinho que, como mãe, me deixam comovida.

Hoje, a médica virou-se para mim e só me disse - "ela está vigiada, e agora a mãe tem que olhar para si, tem que descansar, porque dias e dias sem dormir e com esta preocupação estão a deixá-la quase tão vulnerável como à sua filha, e depois, quem trata dela!?"

Reitero que só tenho a agradecer, não só o que fizeram por mim na minha infância há mais de 30 anos atrás, altura em que também preguei alguns sustos valentes à minha mãe, com cirurgias pelo meio, e hoje com a minha bebé, que têm sido incansáveis e muito profissionais.

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