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As últimas horas

Difíceis e momentos de preocupação. Lá voltámos ao hospital, as coisas não estão bem com a Bébécas.

A noite passada foi tenebrosa, os 40º de febre que me causam uma grande preocupação, e evitar que possa ocorrer uma convulsão; ela ardia.

Toalhas frias, o ben-u-ron que para fazer efeito é um problema, nunca baixa a febre na totalidade, até na banheira com água fria pensei em colocá-la, mas a birra foi tanta que resolvi de outra maneira.

Mas a malvada da febre resiste, e já sem forças lá peguei nela à hora de almoço e lá fui em grande angústia para o nosso Hospital das Crianças; com o ben-u-ron tomado há cerca de 2 horas, portanto supostamente no auge do seu efeito, na triagem ainda tinha 38.1º, o enfermeiro foi impecável e rapidamente entrámos para o gabinete médico.

Lá expus toda a minha preocupação, o quadro clínico já lá estava, a médica, foi um amor; não percebi de que nacionalidade era, italiana talvez, um amor.

Aquela Proteína C Reactiva continua a matar-me a cabeça e aí desabei e lavei-me em lágrimas; a médica lá me explicou que embora o valor esteja claramente alto (na 5ª feira a 58.8) se ela tiver um quadro infeccioso é "normal". Abriu a boca, foi o susto; ainda ontem lhe examinei a garganta e estava normal. Hoje, as amígdalas estavam brancas! Assustador. A médica associou os sintomas a uma possível Mononucleose, não gostei nada desta suspeita, como também não gostaria de outra qualquer. O que mais desejo é que a minha filha tenha saúde.

Lá fomos para os lab's, raio-x, mais uns quantos iões para mãe e filha e depois o sítio horribilis. Se na quinta-feira bastei eu e mais uma pessoa a segurá-la para tirar sangue, hoje, fomos quatro e saí de lá a transpirar - tem uma força....

A parte do exsudado já foi a tia, porque eu sinceramente estava a desfalecer.

Depois da espera, lá fomos outra vez ao gabinete, as análises continuam um caos nos indicadores que já estavam caóticos e a PCR a 164.5 - fatal. A médica bem que me tranquiliza, mas não está a resultar. Neta de enfermeiras, médicos amigos e na família, faz com que já tenhamos ouvido muita coisa e esta análise deixa-me deveras preocupada.

Todos me dizem para ter calma, mas hoje já me fui abaixo uma série de vezes. Andar por ali naqueles corredores com ela e com o sempre apoio da minha irmã levou também a minha cabeça a outras coisas, de que nem vale a pena falar. Sou mãe e pai e a realidade é essa.

Agora vai estar em permanente observação a meu cargo, até saírem os resultados específicos, já que os que temos ainda são inconclusivos e apenas lançam suspeitas, se algo se alterar vai ter que ficar lá internada... e eu com uma grande responsabilidade sempre a controlar se está tudo pelo menos na mesma, pior é que não.

Estou exausta. E é nesta altura que vemos quem de facto se preocupa, quem está lá. Os meus amigos todos fantásticos, dispostos a estarem naqueles momentos comigo, mensagens de apoio, telefonemas, o Honey mesmo doente apareceu lá....e ela ficou tão contente. Reconfortou-me como mãe, como ser humano.

À minha família, ao Honey, amigos, colegas, mesmo aos que estão mais longe, em Espanha, França, Roménia, Brasil....todos tão presentes e connosco no coração.

As vossas energias positivas vão chegar, assim o espero.

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