Avançar para o conteúdo principal
Daqui a 5 meses a Bébécas já tem 3 anos; 3 anos! Como o tempo passa a correr.

Entre todas as aptidões que já possui, conta perfeitamente até 5 em português e inglês; curiosamente não faço o mínimo esforço em ensinar-lhe este tipo de coisas. É algo muito natural, sem dar muita importância; mas como é lógico, elogio-lhe os sucessos.

Apesar de continuar bastante sociável, simpática, anda muito agarrada à mãe e se sente que me ausento entra em claro sofrimento. Transporta para a minha pessoa tudo o que ela considera bom e belo. A mãe para ela é linda; já tem uma percepção estética fabulosa e decide comparar pessoas que de facto são belas, dignas das Vogue's desse mundo fora à mãe, ou seja, as que considera mais bonitas são iguais à mamã.

As roupas da mãe são lindas, os sapatos da mãe idem, as malas aspas...sair de casa pela manhã é um exercício de imaginação, porque insiste em estar igual à mamã, e isso não é possível.

Por vezes resisto e compro-lhe peças mais fashion (confesso que vou contra a minha natureza, pois para mim as crianças devem sê-lo até a idade o permitir, adoro os folhos, as rendas, os lacinhos e as flores) para que ela se sinta mais parecida com a mamã, mas não é dos dias em que a acho mais bonita.

Gosto do ar de princesinha que lhe atribuo, com os ganchinhos e lacinhos, as saias e calções clássicas que, passe o tempo que passe, jamais estão fora de moda. Gosto de a ver com aquele cabelo aos canudos perfeitos e que não me esforço nada para os fazer, pois são do mais natural possível...e a última é querer pintar as unhas como as minhas - fora de questão! Quando me vem com esses devaneios digo-lhe em tom de brincadeira que apenas lhe permito certas loucuras quando tiver a carta de condução.

Espero só ter que me preocupar com essas coisas em 2028.

Ontem por sinal teve um acesso de saudades da mãe que me deixou apreensiva; eu estava cansada, não estava propriamente no auge da capacidade de brincar e ela estava sequiosa quanto mais não fosse do meu cheiro.

Bem, e como isto passa mesmo a correr, por vezes penso que daqui a outro tanto a minha Bébécas vai para a escola, começará a sua formação académica, o seu percurso e a mãe coruja a conjecturar como ela se sairá nessa altura, esperemos que saia à mãe, que seja inteligente e que construa algo de bom.

A ver vamos.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en