Avançar para o conteúdo principal

Por isto se anui acerca da cultura e interesses dos demais

 É utilização de tempo televisivo seja nos telejornais, espaços de debate, programas para não falar em mais marketing associado acerca do livro de memórias do cidadão Henry Windsor, vulgarmente conhecido por Harry, nickname que a saudosa mãe adoptou para ele. 

A percentagem de pessoas que lêem, é reduzida. Pois o livro de memórias deste cidadão que ainda não descobriu nenhuma nova constelação, a cura para uma doença nem sequer é um artista brilhante, vendeu mais exemplares no primeiro dia, do que qualquer outro livro até hoje. 

E que tal ocuparmos o tempo a dissecar literatura que realmente interessa? 

Na mesma senda leia-se por exemplo “Carta ao Pai” de Kafka - uma carta real escrita para um pai austero, que na realidade o mesmo nunca leu e foi publicada postumamente. 

Uma obra autobiográfica e real, mas sem qualquer demagogia de alcova de que tanto as pessoas gostam, mas alguém tem que lhes mostrar o caminho da salvação, caso contrário embrutecem ainda mais. 

Já não se aguenta com estas quezílias familiares e o fausto daquela família (sur)real!

Ora bem, autores cujo nome ou sobrenome começa por H: Hermann Hesse, Hemingway, Balzac (Honoré), Yuval Harari, Haruki Murakami, Heraclito - há cá disto em casa e mais umas obras perdidas de nomes menos conhecidos, mas com isto quero dizer que a prateleira dos H’s está compostinha. A biografia do senhor Henry é decerto demasiado interessante para o meu parco nível de entendimento.

E espero nunca ser presenteada com tão “distinta” obra escrita, que, para além de perceber que o rapaz deve continuar a fazer a sua terapia para expiar demónios no sítio certo, no meu caso e porque respeito muito os livros, seria forçada a trocá-lo. Caso não os respeitasse, seria lareira com ele. 

Mas por favor, voltem a assuntos nos espaços noticiosos que de facto sejam de valor e de interesse público.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en