Talvez seja uma avaliação um pouco redutora, mas trata-se apenas da minha opinião e do meu gosto pessoal. A verdade é que vejo poucos actores da minha idade ou mais novos, muito bons.
Sim, fazem uma ou outra interpretação interessante, mas depois os egos agigantam-se e a qualidade afinal não tem um nível assim tão bom. Comparativamente com um Henry Fonda, Orson Welles, Peter O’Toole, Alan Rickman, Richard Gere, Emma Thompson, Meryl Streep, Jodie Foster, Denzel Washington e tantos outros da chamada “velha guarda”…pois…não me encantam.
Mas, existem e ainda bem, boas excepções. Não me interessa se participaram em grandes êxitos de bilheteira ou não. O que me prende é a capacidade que estes profissionais têm de me arrancar emoções reais, mesmo através de uma tela cinematográfica ou televisiva, seja a história verídica ou mera ficção.
E o que posso dizer do Eddie Redmayne é isso mesmo. Já visualizei alguns filmes brilhantemente interpretados por ele, desde “The Danish Girl”, em que encarna uma transexual, “A Teoria do Tudo”, em que se veste do génio Stephen Hawking, passando por papéis de ficção. E ele, é sempre muito bom.
Desta vez vi outro filme que relata factos reais: “O Enfermeiro da noite”. Eu não sabia ao que ia, e comecei precisamente por ele. O meu já relativamente vasto conhecimento de serial killers, ainda não tinha chegado ao Charles Cullen. Portanto no início não me dei conta do cerne da questão.
Bom, fiquei agarrada ao ecrã. A forma real com que ele encarnou aquele personagem, também ele real, as emoções que nos transmite em certas ocasiões, alguma empatia até, e a perfeita ausência noutras. O olhar, os tiques dissimulados de pessoa com perturbações, mas não totalmente egoísta. Ele não fez mais do que interpretar o tal assassino em série Charles Cullen, mas fê-lo com uma perfeição realmente perturbadora.
Sem exageros, sem expressões faciais de alucinado, sem exagero nos períodos em que demonstra apatia e a forma como foi amigo da sua colega Amy; em todos os aspectos ele está brilhante e de facto corrobora o facto de ser um dos melhores da sua geração.
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