Condicionantes da vida que me ultrapassam fizeram com que eu não tivesse uma relação estreita com o meu avô, mas nunca nos podemos esquecer que é pela existência dos nossos ascendentes que nós também tivemos a possibilidade de existir.
Já a minha filha, teve e ainda bem a oportunidade de privar com ele, brincar, conhecer o seu lado mais divertido e “irresponsável”. Não me esqueço das vezes em que íamos almoçar com ele, a Rita com os seus 3/4 anos a fazer pandilha com ele e a comer gomas, 2 gelados seguidos e ainda mais disparates, e perante o meu espanto ela respondia-me:
“Foi o bivô que deu, eu não pedi!”
Nisto eu virava-me para o meu avô, ele com o seu sorriso maroto acrescentava:
“Não faz mal. Eu perguntei à minha bisneta e ela disse que sim e eu dei!”
Era impossível “zangar-me” com qualquer dos dois. E ainda bem que ao menos ela conseguiu ter estes momentos e vai ter a capacidade para o recordar da melhor forma.
Descanse em paz Avô. Quem sabe em breve nos encontremos noutro lugar, numa outra dimensão.
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