Estava na loja de animais a comprar ração para o gato da minha filha. Às tantas a senhora que me estava a atender pega no telemóvel e liga para um colega a pedir suporte na loja, pois tinha que se ausentar para fazer uma pausa. Depreendo que, do lado de lá da linha, o colega não tenha demonstrado muita celeridade, dadas as respostas que a senhora lhe ia dando, culminando com um “vou então fechar a loja porque tenho que ir fazer xixi”.
Não satisfeita com o comentário tão gráfico que fez, olha para mim como se fôssemos íntimas (e mesmo que o fôssemos, é termo que de todo utilizo, e atrevo-me mesmo a dizer que nunca utilizei) e diz-me:
“É que tenho mesmo que ir mijar!”
Conclusão: era desnecessário eu saber que a senhora iria de seguida à retrete e mais desnecessário saber que necessidade fisiológica a estava a impelir para lá e, ainda mais inusitado o uso de gíria a roçar o ordinário.
Há um longo caminho a percorrer acerca das regras de atendimento ao público.
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