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A honestidade é característica que admiro no ser humano

 E não há maior índice de honestidade do que na infância. A minha filha já começa a perder a inocência, pois está a cerca de 3 meses dos "terríveis" 13, mas com jeitinho ainda lhe saem assim uns comentários espontâneos e genuínos.

No outro dia comprei umas calças de compressão máxima para treinar e quando ela me viu pela primeira vez equipada com o novo outfit, disse-me num misto de espanto e admiração:

"Vês mãe, o ginásio é mesmo bom. Estás super magra e sem barriga nenhuma mãe, estás lisa. És mesmo elegante mãe!"

Claro que eu fiquei toda contente porque os olhos dela vêem coisas em mim que são autênticos milagres, mas a verdade é que aquelas leggings são de facto qualquer coisa. Descobri a máxima compressão para o treino e agora não quero outra coisa.

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 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en