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Como pessoas incompetentes podem destruir uma marca credível

 Pessoas essas que nem trabalham na marca em si, mas antes, digamos num revendedor autorizado. Ora vejamos, há uns meses atrás comprei uns óculos de sol que adorei. “Infelizmente” eu tenho que usar óculos de sol devido a uma extrema sensibilidade que tenho à luminosidade, o que me leva por vezes a ter que os colocar inclusivamente de noite, para conduzir.

Bom, é claro que poderia não ser tão selectiva, mas depois aproveito e uso modelos de que gosto. E quando os meus olhos bateram naqueles, fizeram-me lembrar uns Nina Ricci que a minha avó tinha na década de 80 e que eu simplesmente adorava. Vai daí, foi um presente para mim própria e lá comprei os óculos.

Tudo muito bonito para os vender, paguei sem delongas. Foi a venda mais fácil de todas, porque cheguei, indiquei o que queria, paguei e saí. Os ditos óculos são frágeis, armação fina de metal, nada diferentes dos meus modelo Aviador da Ray Ban, que já sobreviveram a várias guerras e às mãozinhas endiabradas da minha filha quando era bebé que mos torceu todos, mas que voltaram ao seu devido lugar.

Pois que com estes novos, sendo um modelo algo fora do comum, não são óculos que use todos os dias e muito menos de andar com eles de qualquer maneira. São quase uma jóia mas, até as jóias cedem. E um certo dia, a haste ia-me ficando na mão. Dirigi-me comme íl faut ao local onde os tinha adquirido, por estarem inclusivamente na garantia.

Bom, os problemas começaram aí, quando vejo não uma, mas duas senhoras todas torcidas a lutarem contra uns óculos de armação de metal para lhe colocarem o parafuso no devido lugar. Estiveram naquilo mais de meia hora e eu a perceber que aquilo ia correr mal. Eis que vem o veredicto. Que teria que me dirigir a uma sucursal no sítio X porque não estavam a conseguir apertar o parafuso. 

Oh inclemência, oh martírio! A contra gosto lá fui ao sítio X para onde me mandaram, mas…nesse sítio não existia qualquer sucursal daqueles senhores. De gritos. Fui ao sítio Z já com um índice de paciência nos 50%, mas fui muito bem atendida e o parafuso veio no lugar….sim, esteve lá até à próxima utilização.

Quer isto dizer que passados uns dias lá voltei, reclamei, comentei que têm um péssimo serviço de pós-venda e que numa marca daquelas não  se justifica tamanha falta de profissionalismo. Acredito que nem na loja dos senhores orientais ocorra uma coisa destas. Entre o não se preocupe que vamos resolver e o me virem entregar os óculos com um sorriso no rosto e aquele ar de missão cumprida foi mais meia hora. E trouxeram-me esta grande “bosta” para não dizer todo o rol de palavras feias de se pronunciar que me vem  à cabeça:

Não é necessário legendar porque até um amblíope pelo tacto consegue perceber o homicídio qualificado que me imputaram aos óculos. Se na foto de cima vemos os óculos em condições com o parafuso dourado embutido, depois da intervenção dos técnicos em causa vêm-me com: um parafuso maior, saído para fora, branco e a haste após tanta assistência, riscada. E só após a minha cara de espanto e recusa de ficar com os óculos naquele estado, ainda por cima no pleno uso da sua garantia é que me disseram que iam tentar outra alternativa. Que foi de mestre. Foram à procura de uns óculos da mesma marca para lhe retirarem o parafuso….mas correu mal porque entre tanta intervenção a rosca da haste ficou moída. Depois resolveram pedir novas haste e parafusos e agora estamos na fase de me entregarem uns óculos novos, a estrear, sem mácula. Portanto já escrevi reclamação no Livro que existe para isso mesmo, reclamações essas que nunca dão em nada, já lá passei várias vezes para chatear, e agora a justificação centra-se no atraso do fornecedor. 

Quem é que me deixou uma péssima impressão e onde jamais comprarei seja o que for, terminem os meus dias amanhã ou daqui a 50 anos!? Na Opticália pois claro. A falta de brio, de conhecimento técnico e de uma boa equipa de pós venda, para além de terem assassinado um par de óculos de valor, puseram-me à beira de um ataque de nervos.

….e continuo a aguardar. Saga esta que teve início no dia 2 de Julho. And counting!…

Ah, e o mais curioso é que nem se dignam a devolver-me o dinheiro que paguei para poder comprar outros noutro local. O cliente já tinham perdido de todas as formas. A reclamação no livro também já lá está, não obstante não dar em nada. Segue-se a reclamação para a Chloe com estas fotos maravilhosas de como um serviço de pós venda lhes consegue dar uma alma e caracterização nova a uns aros que já não precisavam de invenções. Ora se o modelo está registado, aquele novo parafuso branco e saído para fora…é arte e merece um aplauso. Qual designer que passou horas a criar e desenhar aquele modelo.

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