Avançar para o conteúdo principal

Quando uma amizade termina

É natural à nossa espécie que as coisas por vezes corram bem, outras vezes...nem tanto, e reflecte-se nas relações afectivas, laborais, sociais.

Nas relações afectivas e laborais entendo melhor do que nas sociais. O amor pode acabar numas, noutras a competição desmedida, agora no que toca à amizade, essa deveria ser inabalável, resistente a qualquer tumulto, mas infelizmente nem sempre assim é.

Prezo muito as relações de amizade que tenho e a verdade é que tenho casos em que passo que tempos sem o convívio chegado e "por culpa" de ambas as partes, mas a amizade está sempre lá. O clã une-se nos momentos mais necessários e já tive provas na minha vida pessoal que assim é. Lembro-me precisamente dos meus momentos mais sombrios, dos que deixaram algumas vezes até a família para segundo plano porque eu precisava e o inverso. A verdade é que para jantaradas e copos há sempre demasiada gente, mas para os momentos em que precisamos de um ombro ou até do silêncio de alguém, contam-se de facto os que estão.

E os amigos quando o são na verdade, não atacam o seu amigo, não o aborrecem com cenas que só fazem perder tempo e energia. Os amigos não devem ser tóxicos, possessivos e agressivos até, porque quando assim é, o melhor é apartar.

Se calhar a amizade não era assim tão pura como pensávamos ou viamos a amizade de uma forma as outras pessoas viam de outra, ou até pensavam que a amizade era outra coisa. É complicado lidar com o ser humano para o qual hoje a amizade se pauta por um ponto, mas amanhã já se pauta por outro até chegar a uma altura em que começa a ser sufocante e nefasta para todas as partes.

É triste quando assim é, porque foram castings mal feitos, mas também há que retirar daí alguma aprendizagem. Já fui muito radical e cortava o mal pela raiz à primeira, já passei ao extremo oposto e sofri horrores com amizades que terminaram mal e agora estou na fase em que penso que as acções devem ficar para quem as pratica, desligo o botão, fico no meu poiso para não ter que me chatear.

É triste, porque as coisas não teriam que ser assim, mas a verdade é que nem todos têm que gostar do amarelo e quando os seres humanos não se respeitam enquanto tal...não vale mesmo a pena.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en