Avançar para o conteúdo principal

"Não há longe nem distância"

Podia ser um título meu, porque vem tão a propósito...mas não. É o título de um livro de Richard Bach que encerra em si o que sinto agora.

Podemos estar no meio de uma multidão, podemos ter ao lado alguém...mas sentirmo-nos terrivelmente sós...quem nunca sentiu isto. E não, nem sempre a solidão se trata de um estado de espírito. Por vezes é um estado físico e emocional mesmo; universos fictícios que nos fazem crer que existem, ou que não estamos sós, tipo slogan dos X Files, mas a verdade é que estamos.

Mas a vida que gosta de nos mostrar que nada é linear, as distâncias encurtam-se quando se quer, os continentes aproximam-se, o Sol brilha para alguém se sentir nem que seja através de uma chamada telefónica (que é a aproximação possível imposta pela Geografia) que nos fez sorrir, nem que seja com parvoíces do género "não casaste comigo, mas tenho pena".

Há que relativizar os conceitos de facto até porque os sentimentos e a forma como estes se expressam...sentem-se, mostram-se e não há nada que nos impeça de o fazer. Se não o fazemos, não se trata de sentimentos, mas sim de outra coisa qualquer.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en