Avançar para o conteúdo principal

Pensava eu que ia ter um dia "normal" e chego a casa sem um caroço e com 5 pontos numa perna!

Bem, what a day!

Saí de casa de manhã, deixei a Bébécas no colégio, fui à consulta de dermatologia que já tinha marcado há umas 3 semanas com a minha médica, de quem gosto e em quem confio, para finalmente lhe mostrar um "caroço" que tenho, aliás, tinha na perna esquerda, no lado interior da coxa - o dito "caroço" começou há uns anos, era a minha filha bebé, na sequência de um pêlo que encravou e eu andei a espremer, aquilo depois gerou uma borbulha, eu deixei andar, ia à depilação e a minha esteticista dizia-me para ir ver aquilo, que o corpo era capaz de expelir, às tantas já me dizia que se o corpo tivesse que expelir já o tinha feito....e nisto passaram anos, a minha filha tem 5 aos, eu bem que esfoliava aquilo no banho, e espremia, até com a pinça das sobrancelhas eu andei a tentar esgravatar, pensando que aquilo rebentava e tal...

Pois, uma coisa de nada foi crescendo, mudando de côr, neste momento estava para aí com um centímetro de diâmetro, completamente negro e doloroso. Bastava tocar-lhe que me doía, bastava vestir umas calças mais justas que o sentia, e incomodava.

Ora lá fui eu à consulta a pensar que a médica me ia dizer que tinhamos que tirar aquilo, marcar uma data....qual quê - a médica prontificou-se a fazer a cirurgia ainda hoje, eu fui apanhada de surpresa, lá lhe perguntei se aquilo me ia doer (ahahahahah) e lá fui para o bloco.

Confesso que a anestesia a entrar dói, dói um bocado; parecem vidros a estilhaçar-se dentro do nosso corpo. Uns segundos naquilo, mas nada que não se aguente, vejo o bisturí e lá disse à minha médica que ainda sentia qualquer coisa - aquilo foi um acto falhado, ou um arrependimento momentâneo do tipo "tirem-me daqui", lá levei mais um cheirinho de que nem a picada senti, e mãos à obra.

As enfermeiras amorosas, a médica super querida e lá começou a desbravar uma coisa que, por dentro estava 3 vezes maior do que por fora. O que ao início se estimava em 2/3 pontos, ficou em 5 - lá vou eu ficar com uma cicatriz, mas o caroço ficou lá :) Cada um foi à sua vida, ainda olhei para ele, e pensei, mas porque é que eu estive tanto tempo à espera de tirar esta porcaria!?

Como manda a praxe foi para análise, agora sinto umas dorezitas chatas, mas mais uma vez nada que não se aguente, tomei um analgésico para me aliviar.

Tirei um peso; cada vez mais me sinto muito bem tratada no Hospital da Luz - cinco estrelas. Daqui por uma semana e meia vou tirar os pontos et voilá, esperar que o resultado não seja nada de mais.

Ah, e o "caroço" tem um nome muito mais chique - dermatofibroma!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en