Estava agora a enviar um email para uma pessoa bastante especial, que sigo há alguns anos e, entre algumas coisas que lhe comentei, acerca da proximidade dos seus 30 anos de vida, fiz uma pequena retrospectiva pela minha chegada a cada década distinta.
Pois bem, se por um lado tenho por hábito dizer que a entrada nos 30 para mim, não foi diferente de fazer os 29 anos, ou os 31, por outro, analisando bem as coisas, a minha entrada numa década distinta tem sido sempre pautada por momentos chave:
10 Anos - Nasceu a minha irmã, tanto que eu queria ter um irmão/irmã que fosse filho da minha mãe. Primeiro ansiava ter aquela cumplicidade, as brincadeiras, tudo, mas, com esta diferença de idades, acabei por ter ali uma boneca, em muitos momentos dei uma grande ajuda à minha mãe para cuidar dela, e hoje temos a tal cumplicidade e ligação que eu sempre desejei
20 Anos - Perdi a minha pessoa, perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida, senão a mais importante, pois sem ela, eu se calhar não estaria aqui, não estaria mesmo, de todo. Perdi a minha avó materna, a minha única avó, a avó que sempre o foi para mim, aquela pessoa a quem eu admirava a coragem, a tenacidade, a honra, a seriedade, a capacidade de trabalho, a beleza, a inteligência - perdi-a contra o cancro. Sim, esse fulano levou-ma, arrasou-a, destruiu-a, roubou-me uma pessoa que eu estupidamente pensava ser imortal. Nunca tinha equacionado até então a hipótese da minha avó partir um dia...mas partiu, tinha eu 20 anos.
30 Anos - Não me deu baque nenhum, foi tudo normal, festejei o aniversário rodeada de amigos numa festa surpresa, porque eu nem tinha preparado nada. E o que é que me aconteceu então aos 30!? Pois tinha que acontecer qualquer coisa. Conheci e apaixonei-me na altura pelo que eu pensava que era o homem da minha vida; aquela pessoa por quem eu achei que tinha estado à "espera", uma pessoa com tantos defeitos, mas com algumas virtudes que me encantaram. Estavam lá todos os sinais que a peça era podre, mas eu mais uma vez estupidamente devia ter lentes de cortiça. O anjo transformou-se em crápula, e na altura mais importante da minha vida, grávida da nossa filha, ele fez o que fez.
Mas o facto é que aos 30 anos eu estava feliz!
E o que me estará reservado para os 40!? - por esta ordem de ideias ano bom, ano mau, ano bom...ano mau; mas, se trocarmos as voltas à questão, colocamos a sequência no devido lugar e fica ano bom, ano mau, ano mau, ano bom (sim, porque os 30 foram um mau encapuzado de bom, pelo que se viu passados 2 anos). Será que os 40 me vão trazer alguma surpresa!?
Sei lá, vou passar férias à Austrália, ou a Macau? Ou...vou ser tia!? Vou a S. Tomé conhecer o meu afilhado?...ou vou ganhar o euromilhões? Ou vai mesmo acontecer alguma coisa menos boa? Chego lá?
Uma coisa é certa, diferente vai ser...
Pois bem, se por um lado tenho por hábito dizer que a entrada nos 30 para mim, não foi diferente de fazer os 29 anos, ou os 31, por outro, analisando bem as coisas, a minha entrada numa década distinta tem sido sempre pautada por momentos chave:
10 Anos - Nasceu a minha irmã, tanto que eu queria ter um irmão/irmã que fosse filho da minha mãe. Primeiro ansiava ter aquela cumplicidade, as brincadeiras, tudo, mas, com esta diferença de idades, acabei por ter ali uma boneca, em muitos momentos dei uma grande ajuda à minha mãe para cuidar dela, e hoje temos a tal cumplicidade e ligação que eu sempre desejei
20 Anos - Perdi a minha pessoa, perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida, senão a mais importante, pois sem ela, eu se calhar não estaria aqui, não estaria mesmo, de todo. Perdi a minha avó materna, a minha única avó, a avó que sempre o foi para mim, aquela pessoa a quem eu admirava a coragem, a tenacidade, a honra, a seriedade, a capacidade de trabalho, a beleza, a inteligência - perdi-a contra o cancro. Sim, esse fulano levou-ma, arrasou-a, destruiu-a, roubou-me uma pessoa que eu estupidamente pensava ser imortal. Nunca tinha equacionado até então a hipótese da minha avó partir um dia...mas partiu, tinha eu 20 anos.
30 Anos - Não me deu baque nenhum, foi tudo normal, festejei o aniversário rodeada de amigos numa festa surpresa, porque eu nem tinha preparado nada. E o que é que me aconteceu então aos 30!? Pois tinha que acontecer qualquer coisa. Conheci e apaixonei-me na altura pelo que eu pensava que era o homem da minha vida; aquela pessoa por quem eu achei que tinha estado à "espera", uma pessoa com tantos defeitos, mas com algumas virtudes que me encantaram. Estavam lá todos os sinais que a peça era podre, mas eu mais uma vez estupidamente devia ter lentes de cortiça. O anjo transformou-se em crápula, e na altura mais importante da minha vida, grávida da nossa filha, ele fez o que fez.
Mas o facto é que aos 30 anos eu estava feliz!
E o que me estará reservado para os 40!? - por esta ordem de ideias ano bom, ano mau, ano bom...ano mau; mas, se trocarmos as voltas à questão, colocamos a sequência no devido lugar e fica ano bom, ano mau, ano mau, ano bom (sim, porque os 30 foram um mau encapuzado de bom, pelo que se viu passados 2 anos). Será que os 40 me vão trazer alguma surpresa!?
Sei lá, vou passar férias à Austrália, ou a Macau? Ou...vou ser tia!? Vou a S. Tomé conhecer o meu afilhado?...ou vou ganhar o euromilhões? Ou vai mesmo acontecer alguma coisa menos boa? Chego lá?
Uma coisa é certa, diferente vai ser...
Comentários
(Lindo e-mail o teu. Vou responder! Obrigada pelo teu carinho, és uma Rainha.)