Avançar para o conteúdo principal

José Saramago - 18/06/2010

Quem bem me conhece sabe que não sou propriamente apreciadora de José Saramago, embora haja obras que escreveu, brilhantes.

A atribuição do prémio Nobel em detrimento de outros para mim foi discutível, talvez apenas por aquela altivez desnecessária que demonstrava, não sei, nunca tive a maior das empatias pelo Senhor, mas reconheço-lhe todos os méritos e mais algum - limito-me a exprimir a minha opinião pessoal.

Faleceu há 4 anos, e eu, gravidíssima, inchadíssima, se a memória não me falha com a túnica que tenho hoje vestida.

Lembro-me exactamente onde estava quando recebi a notícia (na escola da filha de uma amiga minha) e que a minha cabeça estava a leste do paraíso, naquele momento a desejar a minha própria morte, e o poupar de uma figura incontornável para Portugal (aprecie-se ou não).

E nós cá continuamos, eu bem menos inchada, a túnica, que embora não tenha sido um acto propositado, calhou vesti-la hoje, vá lá saber-se o porquê.

Comentários

Xica Maria disse…
Adoro a obra dele embora não tenha lido toda ainda... tive o prazer de o conhecer muito rápido.

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en