Quando acordei hoje de manhã, estava longe de imaginar o que o dia me iria reservar...como sempre, mas é um facto que a vontade de levantar e sair não era muita.
Se pudesse teria ficado todo o dia a adorar a minha bébé, mas o instinto de sobrevivência dita que tenho que plantar para depois poder colher.
A rotina do costume, o tráfego inabitual que fez com que não tardasse muito em chegar ao emprego, a bébé calminha, tudo tranquilo e eis que chega a notícia de um suicídio, bem mais perto do que seria desejável.
Lá fui eu armada em cientista que sou, expert nas teorias do suicídio, tentar acalmar quem em choque entrou...mas de facto, de heroína tenho muito pouco e a imagem que vi não me sai da cabeça.
O sofrimento de terceiros, como humana que sou aflige-me, mas ver um corpo de um ser humano, de um semelhante estendido no chão, tapado com um lençol branco que o sangue já tingiu e as miudezas viscerais a agonizar no chão, ao seu lado...são algo que jamais irei esquecer. É horrível, sinto-me mal e com vontade de abanar aquele ser humano que já não está entre nós e perguntar-lhe porque expôs o seu próprio corpo e a sua alma a tamanha dor. Porquê???
Lembro-me que não há muitos meses atrás me passaram pela cabeça ideias semelhantes ao sentir o peso da traição, do engano, de ter sido vítima de um canalha do qual trazia um bébé no ventre...mas parei para pensar e em boa hora anuí que dar pérolas a porcos seria uma má escolha.
Hoje sou uma mulher feliz, uma mãe orgulhosa, uma filha estimada, uma profissional louvada e acima de tudo uma mulher muito amada.
Valerá a pena impormos a nós próprios o nosso desaparecimento, sujeitarmo-nos ao sofrimento, quando a vida ainda nos reserva coisas tão boas?
Que descanse em paz a alma que hoje decidiu partir...
Se pudesse teria ficado todo o dia a adorar a minha bébé, mas o instinto de sobrevivência dita que tenho que plantar para depois poder colher.
A rotina do costume, o tráfego inabitual que fez com que não tardasse muito em chegar ao emprego, a bébé calminha, tudo tranquilo e eis que chega a notícia de um suicídio, bem mais perto do que seria desejável.
Lá fui eu armada em cientista que sou, expert nas teorias do suicídio, tentar acalmar quem em choque entrou...mas de facto, de heroína tenho muito pouco e a imagem que vi não me sai da cabeça.
O sofrimento de terceiros, como humana que sou aflige-me, mas ver um corpo de um ser humano, de um semelhante estendido no chão, tapado com um lençol branco que o sangue já tingiu e as miudezas viscerais a agonizar no chão, ao seu lado...são algo que jamais irei esquecer. É horrível, sinto-me mal e com vontade de abanar aquele ser humano que já não está entre nós e perguntar-lhe porque expôs o seu próprio corpo e a sua alma a tamanha dor. Porquê???
Lembro-me que não há muitos meses atrás me passaram pela cabeça ideias semelhantes ao sentir o peso da traição, do engano, de ter sido vítima de um canalha do qual trazia um bébé no ventre...mas parei para pensar e em boa hora anuí que dar pérolas a porcos seria uma má escolha.
Hoje sou uma mulher feliz, uma mãe orgulhosa, uma filha estimada, uma profissional louvada e acima de tudo uma mulher muito amada.
Valerá a pena impormos a nós próprios o nosso desaparecimento, sujeitarmo-nos ao sofrimento, quando a vida ainda nos reserva coisas tão boas?
Que descanse em paz a alma que hoje decidiu partir...
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