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Guerras civis, saques, pilhagens

Aquando da queda do regime de Sadam Hussein no Iraque, assistimos ao que de pior pode haver quando uma nação entra em guerra; assistimos não só a crimes contra a humanidade, como também a crimes contra o legado dos nossos antepassados, o legado das antigas civilizações.

Foi entre o Tigre e o Eufrates que nasceu a civilização, sendo a Babilónia (Iraque) o berço da civilização, o início de tudo.

E há imagens e sons que quer queiramos quer não, nos ficam na memória; lembro-me com arrepios e muita pena da imagem da directora do museu nacional de Bagdad, quando, com a queda do regime ditatorial de Sadam Hussein assistiu impotente à pilhagem dos tesouros que com tanto afinco e consideração pela história, não só pela do seu país, como pelas de todas as civilizações à sua volta, guardava.
Aquela mulher gritou, chorou, "enlouqueceu" face a tamanha perda para a humanidade.

E infelizmente hoje o cenário repete-se no Egipto; outra civilização historicamente tão rica e cujos tesouros (alguns) se encontram agora a monte, por aí perdidos e com grandes probabilidades de jamais serem encontrados e depositados no sítio onde pertencem.
Acredito que pacifistas como Anwar al Sadat, Yitzhak Rabin entre outros, se revolverão agora nos seus túmulos face a actos tão crueis para com o legado dos antigos.

E não posso deixar de me lembrar da emoção que senti quando vi a Pedra de Roseta pela primeira vez, Guernica, Las Meninas...enfim...e haver pessoas que em pleno século XXI decidem privar todos os outros de poderem admirar as maravilhas que fazem parte da nossa história.

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