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Quando a morte se dá perto…muito perto

 Nunca cultivei propriamente relações de amizade na vizinhança, mas tenho alguns vizinhos que estimo e por quem tenho muita consideração. 

Um vizinho em especial que, desde que a minha filha existe sempre a tratou com muito carinho, muita brincadeira e simpatia. Ainda por cima com uma das filhas com o mesmo nome…a coisa fez-se. Nasceu ali uma grande empatia sempre que nos encontrávamos nos patamares ou à porta do prédio. E foi assim durante anos. A vida entretanto pregou uma partida ao vizinho amigo da Milady Bébécas, que se viu a braços com uma traqueostomia e a partir daí deixou de falar…mas depressa se voltaram a entender e era uma festa quando se cruzavam. 

Há algum tempo, nova partida da vida e as coisas tiveram o seu desfecho triste, a escassos metros de nós. Fiquei hoje a saber que tudo se desenrolou no final da semana passada, em casa com todo o drama que implica uma pessoa perder a vida em casa.

Ficámos tristes por ele, pela família, por ser mais uma figura masculina simpática para ela…que ela perdeu e que curiosamente tem o mesmo nome que o avô paterno dela que, tão pouco é propriamente um nome vulgar. Coincidências, a vida tem destas coincidências. Mas sabemos pela esposa que foi em paz, tranquilo e…foi descansar. Descanso esse que não teve nos últimos duros meses.

Vamos sentir falta de o encontrar por aí nos seus passeios vespertinos.

 

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