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 Os filhos não são nossos, mas são-no. Sinto um amor tão profundo por ela que sei que a conheço desde sempre. E mais filhos tivesse, a sensação seria a mesma. Algo terá corrido mal, os astros não se alinharam, mas sinto conhecer mais um ou dois filhos, que acabei por não ter.

Também há quem verbalize que os filhos são o melhor de nós. Não creio que assim seja. A minha experiência dita que ela…não tem a minha melhor parte, nem tão pouco a do pai. Ela revela-se muito melhor do que qualquer de nós. A capacidade dela se superar, a capacidade de trabalho, o brio, a par com a inteligência com que nasceu enternecem-me enquanto mãe e acusam-me uma profunda admiração pelo ser humano que ela é.

Um ser pequenino, em formação, mas que tantas alegrias me dá. Gosto tanto, mas tanto dela. Hoje ainda mais do que ontem, mas certamente menos do que amanhã.

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 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en