Avançar para o conteúdo principal

Há pessoas com uma grande lata

 Pois que saio de casa de manhã para ir deixar a herdeira à escola e sintonia ar puro, aquela brisa da minha cheirosa e cheia de vida. A meio do caminho sinto que algo não estava a bater certo. Nisto, levo a mão à cara e...cadê a máscara? 

Pois é isso mesmo. Saí de casa em mood pré-Covid como se fosse a coisa mais natural do mundo. Por acaso não me cruzei com ninguém e tive o cuidado de colocar a écharpe à volta da boca, just in case.

....vou ter que me auto-flagelar porque este acto falhado soube-me mesmo bem. Só quando perdemos certos privilégios que sempre demos como adquiridos, percebemos a importância de coisas tão simples quanto sair de casa com a cara a descoberto e sentir o ar, apenas isso, o ar, a atravessar-nos a pele, sem restrições.

Espero não repetir o esquecimento. Justificações à parte, não me ficou bem tal acto relativamente negligente.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en