Escrevo estas linhas hoje, dia 2 de Abril, mas, tal como em muitas outras ocasiões, este post só será publicado 1 mês depois - ou seja, hoje é dia 2 de Maio, mas o que aqui deixo para a posteridade saiu da minha mente 1 mês antes.
É a terceira semana que estou em distanciamento social com a minha filha, quase que literalmente trancadas em casa. Este confinamento necessário leva-nos também a momentos mais ou menos intempestivos, vontade de sair, apanhar ar na cara, conduzir - até de uma fila de trânsito se começa a ter saudades. E as concomitâncias da vida, são isto mesmo, de um momento para outro temos tudo e mesmo assim nos queixamos, para no outro, à conta de um organismo viral, ficamos confinados a nossa casa e a analisar estatísticas, com a morbidez do número de mortos a aumentar a cada dia e pensarmos que também nós podemos vir a fazer parte dessa estatística. Não se trata de fatalismo, trata-se de ter a presença de espírito para assumir que o mal não acontece apenas aos outros.
A minha criança tem estado razoavelmente bem, não obstante passar de quando em vez por alguns acessos de energia desmedida, birras sem sentido e falta das actividades de lazer que tão bem lhe fazem o espírito. Confesso que nos meus momentos mais sombrios, nunca pensei passar por um cenário destes, tendo por inimigo algo invisível. Uma guerra daquelas que estudámos nos livros de História, passadas há séculos atrás, em que o conhecimento científico se aliava à falta de higiene, pouca capacidade para controlo de pragas e assim....afinal, em pleno século XXI passamos pelo mesmo.
Os meus tempos "livres" ocupo-os a ler, ver televisão, adormeço uma série de vezes, a minha sinusite ataca-me ao seu mais alto nível o que já me fez ir para a fila da farmácia comprar o anti-histamínico, organizar coisas em casa em que já não tocava há que tempos, destralhar, limpar, alterar coisas de sítio, planear o que gostaria de fazer depois.
As férias, bom, este ano as férias assim de sonho, já foram - não sabemos quanto tempo perdurarão estas medidas, mas mesmo que terminassem agora, não é a altura oportuna para arriscar. Logo este ano, que andava a pensar seriamente num dos destinos onde gostaria de ir "antes de morrer" - pegar na miúda e ir a Israel. Fica o sonho, fica a vontade e, quem sabe um dia....
...veremos em que estado estaremos daqui a precisamente um mês, quando este post for publicado.
02/04/2020
É a terceira semana que estou em distanciamento social com a minha filha, quase que literalmente trancadas em casa. Este confinamento necessário leva-nos também a momentos mais ou menos intempestivos, vontade de sair, apanhar ar na cara, conduzir - até de uma fila de trânsito se começa a ter saudades. E as concomitâncias da vida, são isto mesmo, de um momento para outro temos tudo e mesmo assim nos queixamos, para no outro, à conta de um organismo viral, ficamos confinados a nossa casa e a analisar estatísticas, com a morbidez do número de mortos a aumentar a cada dia e pensarmos que também nós podemos vir a fazer parte dessa estatística. Não se trata de fatalismo, trata-se de ter a presença de espírito para assumir que o mal não acontece apenas aos outros.
A minha criança tem estado razoavelmente bem, não obstante passar de quando em vez por alguns acessos de energia desmedida, birras sem sentido e falta das actividades de lazer que tão bem lhe fazem o espírito. Confesso que nos meus momentos mais sombrios, nunca pensei passar por um cenário destes, tendo por inimigo algo invisível. Uma guerra daquelas que estudámos nos livros de História, passadas há séculos atrás, em que o conhecimento científico se aliava à falta de higiene, pouca capacidade para controlo de pragas e assim....afinal, em pleno século XXI passamos pelo mesmo.
Os meus tempos "livres" ocupo-os a ler, ver televisão, adormeço uma série de vezes, a minha sinusite ataca-me ao seu mais alto nível o que já me fez ir para a fila da farmácia comprar o anti-histamínico, organizar coisas em casa em que já não tocava há que tempos, destralhar, limpar, alterar coisas de sítio, planear o que gostaria de fazer depois.
As férias, bom, este ano as férias assim de sonho, já foram - não sabemos quanto tempo perdurarão estas medidas, mas mesmo que terminassem agora, não é a altura oportuna para arriscar. Logo este ano, que andava a pensar seriamente num dos destinos onde gostaria de ir "antes de morrer" - pegar na miúda e ir a Israel. Fica o sonho, fica a vontade e, quem sabe um dia....
...veremos em que estado estaremos daqui a precisamente um mês, quando este post for publicado.
02/04/2020
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