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Um Je ne sais quoi de Big Brother

Aquela máxima do “ah e tal, isto aqui é muito intenso porque estamos 24 horas sobre 24 horas juntos, e 1 dia equivale a um ano, bla bla bla”, aquele discurso básico que até irrita, tido pelos concorrentes ainda mais básicos dos Reality Show’s? Pois nunca mais critico esses seres humanos, pois é exactamente como me sinto ao terceiro dia isolada em casa com uma criança de 9 anos, um gato pachola e eu própria. Isto ainda agora começou e já promete.

Digo-lhe que estou a trabalhar e a ter reuniões; se me ouve a falar em inglês ou castelhano, até colabora e resume-se ao quase silêncio, apenas interrompido se no meio lhe dá a fome, mas se a reunião é em português....pensa que estou na calhandrice com a malta. E eu começo a abrir os olhos e a fazer-lhe sinais com as mãos e aí....bom, aí ela pensa que estou a brincar e ainda se ri mais. Serve de consolo estarmos todos na mesma situação e os colegas com quem reuni hoje pela Europa fora, estavam na mesma...de vez em quando lá se ouvia um “sorry, my kids”, ou um cão a ladrar, gato a miar...etc.

E isto, reitero, ainda agora começou, sendo que o importante é e sempre será a nossa saúde em geral. Para ela...o mundo continua cor-de-rosa e estrelado:


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 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en