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Bernardo Bertolucci

Não foi um realizador consensual, não, não o foi. Já vi o Último Tango em Paris umas 3 vezes, e de cada vez que o vejo, honestamente, acho de uma brutalidade excessiva. Podia ter partilhado muito menos, e o efeito teria sido o mesmo. E depois de saber os detalhes partilhados pela Maria Schneider acerca da famosa cena da manteiga, confesso que fiquei com um bocado de asco tanto a ele, como ao Marlon Brando - mas, não é por isso que deixa de ser um dos melhores dos nossos tempos.

É impossível esquecer um dos melhores filmes que vi até hoje - O Último Imperador, em que a sua genialidade ultrapassou o que se poderia imaginar.

E vamos perdendo pessoas com estas capacidades de chocar pelos melhores e piores motivos em simultâneo e que de facto com o seu desaparecimento se tornam irrepetíveis.




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 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

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 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en