Avançar para o conteúdo principal

Escalões, sobretaxas = Less money

Receber o vencimento deste mês causou-me um misto de emoções, mas confesso que nem todas elas tão negativas como se pode imaginar.

Por um lado parece que recuei uns tempos, ver reduzido o meu salário liquido e obviamente o meu poder de compra, quando se assiste a uma subida dos preços de tudo e mais alguma coisa.

Por outro tentar retirar o lado bom, ver algo de "positivo" e constatar que enquanto nos retirarem uns bons euros, por muita diferença que nos façam, é sinal que recebemos uma dose tal que proporciona estes cortes.
Não é justo, os parâmetros e as justificações que nos dão são dúbios, está-se a dar a volta à nossa Constituição e aos direitos consagrados, mas tudo bem, que seja em prol de um futuro melhor.

Honestamente, não me queixo, porque há quem esteja bastante pior do que tantos que se vão queixando.

...contudo, dói um bocado, para não dizer muito, sofrer na pele com o actual estado das coisas, sendo o meu agregado familiar composto por 2 pessoas e uma mascote de companhia, sendo uma delas uma bebé de 2 anos e meio, e estando às costas do único elemento activo do agregado todas as despesas inerentes a uma vivência de classe média - despesas da casa, carro, alimentação, vestuário, saúde, lazer, cultura...
Num cenário destes e sem conta bancária bilionária, vemo-nos sem abono de família, aumento do escalão de IRS em vários pontos percentuais, sobretaxa de 3,5%, redução nos parâmetros de deduções à colecta, etc, etc, etc.

Será que para o nosso governo, o meu agregado e tantos outros em situação semelhante terão que fazer ainda mais esforços, para compensar as más práticas e erros de cálculo de tantos ministros!?

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Dia de Reis

 Este dia foi sempre muito falado lá em casa quando era apenas uma menina. Sempre ouvi a minha avó dizer que na sua infância era apenas neste dia que recebiam algum presente (poucos acredito data a dureza da época e, apesar da minha bisavó naqueles idos anos 30 do século passado ser enfermeira, o ter enviuvado ainda na casa dos 30 anos e com 5 filhos muito pequenos não lhe tornou a vida próspera). E então, quando eu era pequenina, no dia de Reis sempre houve a tradição de se abrir um bolo rei lá em casa - a minha avó ainda auspiciava deixar a mesa posta do Natal aos Reis para que os "ausentes" também pudessem usufruir das nossas iguarias mas a minha mãe já não ia nessa conversa. Também deixava um copinho com leite e umas bolachinhas para o Pai Natal comer e levar ao Menino Jesus e também sempre ouvi falar na Tia Reis (irmã da minha avó que, por ter nascido no dia de Reis, não mais se livrou da epifania ao ostentar o tão pomposo nome de Maria dos Reis). E guardo tudo na minha ...

Anos depois a normalidade regressou

 Se bem que esta normalidade eu até dispensaria, mas temos que saber lidar com as coisas de que gostamos e sobretudo, com as que são dispensáveis. Ora bem, à vontade desde 2019 que não assistia a uma reunião de pais da escola da minha filha presencialmente; estaria ela no 4º ano. Daí para a frente, devido ao percalço mundial que tão bem passámos a conhecer, tudo se fazia remotamente por Zoom. Pois que o tormento recomeçou e voltei a ser convidada na qualidade de mãe e encarregada de educação para uma reunião de pais presencial. Sou anti-social nestas coisas e não tenho mesmo a mínima paciência para participar nestes ajuntamentos em que se evidencia a mãe da "Cátia Vanessa", o pai do "Fábio Miguel" e ainda reclama a tia da "Carla Cristina". Mas lá terá de ser e para que conste na lista de desconto dos meus pecados.