Avançar para o conteúdo principal

Hoje pela primeira vez

pus-lhe um ganchinho no cabelo.

Estava tão linda e graciosa a minha menina bebé. Agora, com as feições mais definidas, parece o meu clone, quando tinha a idade dela. Fico tão contente por ter esse presente...confesso.

Quando engravidei dizia e sentia que adoraria que a criança fosse parecida com o pai; para além de lhe dar um filho, queria perpetuar a imagem dele, porque o amava.
Dadas as circunstâncias e após o sofrimento que me foi imputado, para além da filha linda e escorreita ainda tive mais este prémio. As bochechas proeminentes e penduradas, os olhos rasgados e o sorriso...já nos chamam Pocahontas mãe e filha.

E eu gosto de a embonecar, de lhe cultivar a sua feminilidade, de dar uns retoques na sua tenra e tamanha beleza.

Mas está de dia para dia mais dinâmica; não há mãos a medir, não pára, e tenho que me desdobrar em duas para conseguir fazer tudo e olhar por ela...mas o que é certo é que nem eu nem a minha vida jamais fomos iguais. Tudo mudou e para muito melhor.

Agora que já gatinha e parte sistematicamente à descoberta do seu ainda pequeno mundo, vou-lhe ensinando algumas normas da boa vivência, tais como os sítios "proibidos", o não mexer e o não estragar.
Nalguns pontos já tive sucesso, noutros nem tanto...é teimosa qb. Mas até nisso ela tem graça, encanto, brilho.

E tenho uma vontade incessante de estar com ela...sempre. E dou comigo a admirá-la, a observar cada olhar, cada sorriso, cada beicinho...e pensar como consegui gerar alguém tão belo.
É a obra de arte da minha vida, a personificação de que valeu a pena existir para a gerar a ela, para a conhecer.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en