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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2008

Marasmo

Deveria passar-se exactamente o contrário, até porque já estamos na Primavera, mas o que é facto é que com o avançar dos dias parece que a preguiça se está a apoderar mais e mais de mim. O que inicialmente pensei que iriam ser uns dias de férias "aguerridos" e agitados, no final transformaram-se em dias muito zen, de muito descanso, muitas horas de sono, não cumprimento de horários para as principais refeições...enfim, por momentos parecia estar tudo ao contrário e eu em Portugal a viver mediante o fuso horário dos Antípodas. Ironicamente, com muito marasmo à mistura, foram dos melhores dias de férias que passei na vida, na companhia de quem mais gosto, e por isso valeu a pena. À parte um surto de sinusite que me fez encostar à box um dia completo, tudo o resto foi perfeito, e cá estou eu de regresso às lides mais mundanas. E os nossos dias podem ser tão felizes, e tão simples ao mesmo tempo....dá que pensar.

Dia de S. José

Sobretudo para quem é Pai, hoje, dia 19 de Março de 2008 celebra-se mais um Dia do Pai. O dia em que os papás recebem uma mensagem especial da sua prole, o dia em que as criancinhas mais jovens vêm todas contentes dos infantários e das escolas com os trabalhos manuais feitos por eles como forma de demonstrar o seu carinho ao seu herói, o dia em que as mamãs têm que ir a correr ao centro comercial comprar uma qualquer lembrança com mais ou menos bom gosto para a criança oferecer ao pai. Acho muito interessante que se celebrem estes e outros dias, mas, tal como oportunamente referi em relação ao Dia de S. Valentim, não concordo nada com as estratégias de marketing que giram em volta destas datas. Ele são as monstras das lojas recheadas de coraçõezinhos e diplomas para o melhor Pai do mundo, ele são os peluches do costume, já para não falar dos pijamas e dos boxers...mas afinal é assim que demonstramos aos nossos pais o quanto gostamos deles? Não creio. Lembro-me como se o tivesse feito h

As minhas leituras

Para que fique digno de registo, sou uma amante das letras, das artes, do belo...mas...amante amante, sou mesmo das letras. Gosto de ler, gosto de escrever e absorvo/retenho sempre muita informação das leituras que faço. O gosto por esta forma de arte foi-me incutido desde cedo, aprendi a ler as primeiras linhas de um qualquer conto de encantar aos 4 anos e desde aí não mais tenho parado. Corrijo, por vezes páro, naquelas alturas em que a disponibilidade mental e emocional não o permite, mas tento ultrapassar rapidamente essas fases menos dadas à minha paixão pelos livros. Sim, é mesmo paixão. São sem dúvida um factor muito importante na minha vida, não só a nível de aprendizagem, de lazer, mas até de conforto e de companhia. Os meus livros são os meus pertences mais íntimos, fazem parte da minha existência e ocupam um lugar muito especial para mim. Sei exactamente a proveniência de cada um, sei exactamente a altura da minha vida em que os adquiri ou em que me foram oferecidos, sei com

Para Ti que és Especial...(Parte I)

Ao longo da nossa vida cruzam-se connosco várias pessoas, algumas vão ficando no nosso coração, outras por vezes desejamos nunca ter conhecido, não por nada em especial, mas talvez porque as "massas" não sejam propriamente compatíveis. Nem sempre descortinamos as compatibilidades com tanta clareza de espírito como seria desejável, mas a seu tempo algo nos faz parar para pensar, algo nos faz alargar horizontes e ver mais além. E quando o destino nos resolve pregar partidas/surpresas? Será que estamos preparados para assimilar o que aí vem? Acredito que sim, basta haver disposnibilidade mental para aceitar o que de melhor nos está reservado como uma espécie de dádiva e viver cada momento intensamente, com toda a intensidade que as nossas forças conseguirem atingir. Para ti que me alimentas a alma, o espírito, o coração e que sobretudo me fazes tão feliz, e para nós que o signo da Paixão conseguiu juntar...deixo algo que sei que vais gostar. Gosto-te muito P. "Sail away w

Miss Euribor

Se me perguntarem neste preciso momento qual é a palavra de que eu menos gosto, sinceramente vem-me à cabeça a tão badalada Euribor. A Euribor não é mais do que uma taxa interbancária, que corresponde ao valor de capital que os bancos emprestam entre si...mas quem é que vai pagar por isto? Ora vamos lá conjugar o presente do indicativo do verbo Pagar: Eu pago Tu pagas Ele paga Nós pagamos Vós pagueis Eles pagam Não é novidade para nenhum de nós que de facto estamos a atravessar um período de crise económica e as alternativas não são propriamente simpáticas para o consumidor em geral...mas...meus senhores, baixando desta forma o poder de compra que tem relação directa com a diminuição do nível de vida, será a melhor solução? E o que mais me baralha é que num país como os EUA, ao primeiro sinal de crise a Reserva Federal decide baixar a taxa de juro de referência de modo a que os cidadãos não percam a sua estabilidade; pois na Zona Euro processa-se exactamente o contrário. Quanto pior e

(In)Segurança

Estamos a viver neste momento um período conturbado e de alguma preocupação no nosso país. O que para muitos era até há bem pouco tempo um rectângulo à beira-mar plantado, onde nada digno de destaque acontecia, está a transformar-se aos poucos num qualquer cenário de filme do "Faroeste" à boa maneira do século XXI. Infelizmente o cenário é bem real e temos assistido a uma vaga de criminalidade muito violenta, assassinatos à queima-roupa em que os próprios móbiles dos crimes não se encontram propriamente bem esclarecidos. Pelos piores motivos, estamos a transformar-nos num "país à séria". Falando por mim, tenho algum receio em andar até tarde fora de casa, ando sempre com o carro trancado, não olho para trás quando sou abordada na rua...enfim, leis da sobrevivência. Mas será que esta onda não vai parar? Um país pequeno, com apenas 10 milhões de habitantes não tem estrutura para se precaver destas situações? A conjuntura não é a melhor,a qualidade de vida está cada ve

Hoje...

Cumpre-se mais uma das minhas efemérides. Foi há precisamente 6 anos que comecei a trabalhar na empresa onde ainda hoje me encontro. Era na altura uma miúda-mulher idealista, licenciada há pouco mais de 2 anos, com imensos projectos e um idealismo exacerbado, do alto dos meus 24 aninhos. Fico apreensiva ao parar para pensar que já se passaram 6 anos, que os meus 24 anos já lá vão, entrei nos 30, o idealismo profissional deu lugar ao comodismo, ao conformismo, à desmotivação e à desilusão. Eu, que era uma pessoa com alguma clareza de raciocínio, alguma garra, alguma vontade de aprender, de fazer coisas novas...pasme-se quem melhor me conhece, estagnei. O meu índice de motivação deve estar na escala negativa, e, muito sinceramente deixei de acreditar em toda esta estrutura. É certo que todos passamos por estes momentos, há projectos melhores do que outros, mas cheguei à conclusão de que o meu know-how sofreu um forte revés, talvez tenha perdido algumas capacidades de arriscar (a idade ta

Parabéns Pai!

O meu pai faz hoje anos. Não sei ao certo quantos, mas se não me falham as contas devem ser perto de 56 anos, mais ano menos ano. Nunca comemorei com Ele um seu aniversário, nem me lembro de ter comemorado um dos meus na Sua companhia. É pena, sou carne da Sua carne, derivo Dele, a minha herança genética também é a Dele, enfim, tanto e tão pouco. A vida lá nos vai pregando as suas partidas, lá tem momentos em que nos trata melhor, outros em que nos trata pior, e sem dúvida que uma das minhas mágoas é não saber o porquê da Sua ausência. Porque é que há pais que ao se divorciarem entre si, teimam também em divorciar-se dos filhos? Hoje não tenho dúvidas que um dos amores maiores é entre pais e filhos...mas porquê o abandono? Serão os outros projectos de vida tão ou mais importantes que façam com que se perca o primeiro sorriso, a primeira palavra, os primeiros passos, o primeiro dia de escola, as aventuras do liceu, a Queima das Fitas...os amores e desamores. E pergunto-me muitas vezes..