Tenho observado atentamente toda a problemática em torno do beijo consentido ou não do presidente da real federação de futebol de Espanha à jogadora da selecção. Honestamente toda a celeuma já aborrece e chega a ser indecente o aproveitamento em todas as suas perspectivas. Falo enquanto mulher, enquanto mãe de outra mulher, enquanto irmã, cidadã, enquanto vítima de assédio e não só…e claro, enquanto cientista social. Vejamos: o indivíduo em si não tem a mínima noção do lugar que ocupa em sociedade e que a liberdade dele termina quando atinge a fronteira do outro. Depois não sabe igualmente que um beijo é algo íntimo; não me venham com terminologias que agora andam aí na berra, brejeiras como tudo. Um beijo nos lábios é o primeiro reduto de intimidade que se pode ter ou experienciar com alguém. O mesmo, pode ser desejado, ou não. Pode ser, ou não, bem recebido. Pode ser bom, ou não. Em suma, o indivíduo em questão é um burgesso, do mais sabujo que há, analisando todo o seu comportament