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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2022

Cenário de uma tarde de Verão

  A desolação que é ver e testemunhar o nosso país a arder e o sentimento de impotência perante a realidade que é a Lei Penal e Processual Penal que continua a estar aquém em termos de aplicação da medida de privação de liberdade em tempo que deveria ser aplicada aos incendiários e companhia. 
 

E ela desfruta

 E eu continuo na minha demanda por lhe deixar boas memórias. Acima de tudo…boas memórias!

Mariama...a força da natureza

 Não conheci pessoalmente a Mariama, mas é como se a conhecesse. Uma força da natureza, uma garra, uma fibra, um bom humor, um sentido estético....uma mãe do caraças. Quando soube da sua doença, já a seguia nas redes sociais e nas suas partilhas por vezes deixava-lhe uma mensagem de força. A Mariama respondia sempre. E receberia centenas, milhares de mensagens, mas respondia acredito que a todas, com toda a simpatia e afecto, mesmo nos dias em que porventura não se sentiria tão bem. Hoje foi um choque saber que partiu. Não esperava uma notícia destas e confesso que já quero que este mês, sendo a terceira pessoa jovem que conheço a perder a batalha contra o cancro, acabe depressa, muito depressa. As pessoas que conheço e partiram este mês eram todas elas, boas pessoas e, de um modo mais ou menos indirecto, marcaram a minha vida. O meu pensamento hoje está com eles e sobretudo com a Mariama mulher, jovem, com classe, que perdeu a vida e deixou um filho de apenas 12 anos desamparado e a q

Oh Yes, it is

 

ATO QUARTO

 SCENA V O milagre Aos vinte e sete dias do ano da graça de dois mil e vinte e dois, na casa da donzela desesperada e mormente aturdida a propósito da destruição dos tectos do seu modesto palácio de estilo romântico, deu-se o milagre. ….e os seus majestosos tectos voltaram à tonalidade original sem mácula. Cai o pano Fim …estará a peça fechada e pronta a estrear!?

Conceitos

 Estamos sempre a aprender e é bem certo. Um destes dias num jantar de amigos em cujo grupo impera o multiculturalismo, falávamos acerca de estados civis. Uma coisa que parece simples, afinal deu pano para mangas e azo a muita gargalhada.  Uns diziam que as anteriores relações tinham durado no máximo 7 anos, e a actual para ambos já vai em 10.UAU. Outra que após uma relação que a deixou como single mother durante uns anos, encontrou o amor ao lado de um homem interessantíssimo e a família cresceu e já vão em mais de 20 anos de casados. UAU. Eu que já suscitei dúvidas de que teria uma relação com uma dada pessoa, juro que não sei porquê, lá esclareci novamente que se trata apenas de amizade….e cada um foi atirando para a mesa o status da sua relação: Married  Friends with benefits  Single  It’s complicated  Divorced In a relationship Just looking around…. Enfim, há de tudo, mas neste haver de tudo surgiu o conceito que caracterizou aquele jantar e que deu largas a muita interpretação, e
 

Até já querida Irina✨

 Hoje deixou-nos a mulher que perante a maior das adversidades sorria. E sorria com um brilho inigualável.  A Irina será sempre um exemplo de integridade, força, esperança, simplicidade e alegria. O coração dela estava curado e mesmo tendo partido precocemente ela provou que o amor, cura. Até sempre Irina. Continua a sorrir por nós e és daquelas almas que quero muito encontrar em breve por aí, numa outra dimensão. Pessoas assim são raras. 

Até há pouco tempo era assim

 Quando eu ainda conseguia suportar o peso dela por cima de mim. Fosse na praia, à beira de uma piscina ou mesmo se se esgueirava para a minha cama era assim que ficávamos e eu achava isto muito estranho até porque, sou muito quente, ela também, e ficávamos quase assadas. Mas ela não saía e se eu a retirava, mesmo com carinho, fazia birra. Ao ver este cartoon lembrei-me e temos umas boas fotografias familiares nesta simbiose pura. É de facto preciso viver certas coisas para sentirmos o verdadeiro alcance do significado do amor no seu estado mais puro.

Momentos…

Os últimos dias foram mágicos, num cenário por si só romântico. Aliás, trágico-romântico, belo, bucólico que leva a nossa alma a locais mais ou menos obscuros, sombrios, mas também bonitos. Falarei do cenário e do que vivenciei mais além, mas hoje partilho a vibração positiva que senti ao estar num local mítico a participar no concerto “Amazing Grace - 50th Anniversary - Celebration of Aretha Franklin” pelo Black Heritage Choir. Dirigido pelo Maestro Jerry Calvin Smith o repertório foi magnífico, a sintonia entre o coro e o público foi extraordinária e eu senti uma vibração, uma força e uma união que há muito não sentia. Vai muito além de crenças, de religiões. Um grupo coral Gospel, a força que transmitem e as mensagens que vão deixando entre os temas são qualquer coisa de exorável. Dei por mim a olhar o céu estrelado, a captar toda aquela espiritualidade, as lágrimas a jorrarem pela minha face, mas não foi um momento triste. Foi um momento de gratidão por estar ali, por absorver aque
 

A morte deveria ter estatutos

 E nesse estatuto deveria existir um artigo tão simples e exequível quanto isto: 1. Está interdita a morte a qualquer cidadão que por profissão ou por altruísmo se encontre no exercício de missão de salvamento. 1.1 Entende-se que a missão de salvamento inclua pessoas, animais, bens patrimoniais e/ou não patrimoniais  Obrigada  Comandante André Serra pela sua missão e entrega e que infelizmente lhe custaram a vida, tão breve e ainda com tanto por concretizar.  Obrigada a um homem que não viveu em vão e todos nos devemos curvar perante estes verdadeiros heróis e fontes de inspiração. O resto…são tretas.

Covidices

 Não sou de todo hipocondríaca e quando estou doente, aceito tudo com serenidade e presto-me aos tratamentos, doam ou não. Na verdade as coisas por que passamos ao longo da vida e dentro do normal, não se comparam nunca a quem sofre com cancro e outras doenças muito incapacitantes, degenerativas etc. Portanto queixar-mo-nos por inflamações corriqueiras, até parece mal. Mas a verdade é que passei um bocado mal com o bicho Covid e já estou com medo de o apanhar outra vez. Sinto que estou a facilitar um bocado, tenho andado em eventos aqui e acolá com algumas pessoas, por vezes esquivo-me a colocar a máscara e depois, esta cabeça não tendo juízo, o corpo vai pagar, vai vai. ....depois temos os imortais, essa classe rara, mas que existe, tipo Rainha Isabel II e o meu avô que nos seus quase 200 anos, passou pelo Covid a brincar, sem febre e outros sintomas chatos e pronto para outro. Que as forças benignas o conservem que é sempre bom termos familiares directos que descobriram a fonte da vi

No fim…

 Gostaria de ter uma casa simples e térrea, com o meu mini pomar de macieiras e um cantinho com rosas negras plantadas por mim. Couves!? Talvez mas aí seria outro departamento porque não me vejo no meio de lesmas e minhocas e não me atrai sobremaneira ver crescer hortaliça. Prefiro árvores ou arbustos. Depois uma fantástica biblioteca, as lições de piano, mas tudo de uma forma despretensiosa e…..o veleiro. Ontem tive um só para mim durante algum tempo. E respirei, revivi, senti a aragem na pele, olhei para o céu e comunguei com aquele momento mágico. Se tivesse morrido naquele momento…estava feliz. De cada vez que fechava os olhos, estava tudo certo. 
 

Primeiro estranha-se

 No outro dia fui a uma determinada superfície comercial e a senhora da loja tratou-me por "amor". Não tenho qualquer afinidade com a dita senhora e acredito que para ela seja banal tratar os clientes com este tipo de carinho. Antes assim. Mas a minha filha, não gostou. Ficou repentinamente com um semblante muito sério e ao sair, sem sequer esperar pela distância de segurança até poder intervir oralmente, disse-me assim: "Oh mãe, que confiança é que esta senhora tem contigo para te tratar por amor!? Não acho normal. Tu és o meu amor e se tiveres um namorado até podes ser o amor dele vá, mas desta senhora!?" Portanto a minha criança não vai cá em devaneios ou banalizações de conceitos. E quando ela crescer e perceber umas coisas...acho que mesmo para namorados o termo "amor" deve ser muito bem equacionado antes de ser proferido, porque de facto, de tão banal, as pessoas deixaram de saber o que é de facto o Amor.

Saber ouvir….é uma virtude. Escutar então, nem se fala

 Evitar-se-iam muitos mal-entendidos e sobretudo nalguns casos, comportamentos histriónicos. Ou seja, a entrevista transmitida pela CNN Portugal em pleno prime-time foi um falhanço total. Confesso que aquando da estreia do novo canal esperei que o nível de qualidade fosse superior à sua ascendente TVI Notícias…mas não. Mudou-se o design , a marca é boa, só que a variante portuguesa é mais de TVI do que CNN e isso viu-se hoje em 40 e tal minutos de monólogo histérico de uma pessoa que perdeu um pai, que, goste-se ou não, foi um líder histórico mas com muitos pecadilhos e controvérsia à mistura, filha esta que, em vez de honrar minimamente a memória dele, perdeu ainda mais credibilidade, ao expor algum desequilíbrio emocional.  É legítimo para quem acaba de perder o amado pai, mas deixem estas emoções para o recato do lar. É que gritou, não ouviu nem escutou, disse uma série de disparates, insultou pessoas, utilizou termos jurídicos que desconhece, em vez de demonstrar alguma grandeza de
 E quem é a criança que terminou as aulas há meia dúzia de dias e já tem a mochila pronta para o próximo ano lectivo!?  Não é normal de todo, mas enfim. Deixar tudo para o último dia, ela não deixa!

Triste despedida

 Custou-me vê-lo ali, quieto e inerte. Recordo o vigor e a tenacidade… ah, e o nosso Sporting! Os filhos que conheci tão pequeninos demonstram uma maturidade e serenidade que me comoveram.  Amáveis, simpáticos e tive oportunidade para lhes agradecer o que o pai fez por mim e o seu sentido de justiça. Contei-lhes que na selva que é o meio empresarial, tive ali um amigo que tanto me protegeu.  Percorreu o seu caminho e a hora de todos chega um dia, mas foi demasiado cedo e certamente com tanto ainda por fazer. O cartão de despedida diz tudo. É disso que me vou lembrar e…havemos de tomar o nosso café. Até já João!

O café que ficou por tomar...eternamente grata João!

 Hoje o dia começou substancialmente triste e vou precisar de algum tempo para digerir. Conheço o João há 20 anos, quando eu era uma miúda a entrar numa Multinacional de renome e ele ocupava um lugar de chefia. Não tínhamos correlação directa e aos meus 24 anos e 30 e poucos dele, a verdade é que eu o temia um bocado. Ele infundia respeito, com um ar sério e atento e já naquela altura uma visão estratégica ao mais alto nível. Os anos foram passando e descobri no João um amigo. E para se ser amigo não é preciso estarmos em permanente contacto, mas a verdade é que ao longo destes 20 anos, passei por 4 momentos complicados na minha vida e em qualquer deles e sem qualquer busca da minha parte, o João chamou-me e para além das palavras e do conforto que me deu, actuou dentro das suas possibilidades alargando o carinho para a ex-mulher que é também uma pessoa por quem nutro muita gratidão. O João esteve fora do país uns anos, regressou recentemente mas com ele veio também por acréscimo um pr

E viva o Teatro!

 E o quanto ela gostou do tema da festa este ano! By Chef Renata Ibañez

A ilegalidade e eu...não estamos em sintonia

 Lá em casa habitam vários seres, entre os quais o gato da minha filha. Xá II de seu nome, um gato persa preto que é só uma fofura. Não chateia ninguém e de felino, tem pouco ou nada. É de uma meiguice extrema, tem medo da própria sombra, vai receber-nos todos os dias à porta, deita-se de barriga para cima a pedir festas quando me apanha na retrete e tem ali ligação com a minha filha que me enternece. Durante o dia descansa na caminha dele no sítio que lhe foi dedicado mas à noite, depois da pequena se deitar, é em frente ao quarto dela que fica como que a guardar-lhe os sonhos e protegê-la dos pesadelos. Há uns dias fui com ele ao veterinário e lembrei-me da situação do Chip. O Xá ainda não o tinha embora os gatos agora sejam também obrigados a tal apetrecho, ainda que não estou a ver que alguém me viesse chatear por um gato que nunca sai de casa. O veterinário disse o mesmo...mas eu não sei, tenho a mania de ter tudo legal, orientado e como deve ser e não gosto de prevaricar, pelo qu

Bear in mind

 

12 anos desde o primeiro olhar

 Tem sido uma viagem pautada por peripécias e para mim de inesgotável aprendizagem do que é ser-se mãe. Muito feliz por ser mãe desta menina incrível. Muitos parabéns minha filha! Que sejas muito feliz.
 

…ou uma caneta, lapiseira, tinta da China…