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Medidas de protecção aos mais vulneráveis. Onde estão!?

 De há 2 pares de dias a esta parte os nossos espaços noticiosos têm vindo a ser invadidos com a tragédia ocorrida com uma bebé de 3 anos. E eu, cidadã, mulher, socióloga e mãe estou chocada face a esta problemática.

É impossível não ter uma reacção emocional face aos contornos que culminaram na morte de mais uma criança, numa altura em que se discute cada vez mais a vulnerabilidade dos mais desprotegidos: crianças, idosos, mulheres e todos aqueles que possam estar em minoria, seja por questões de raça, etnia, religião, orientação ou identidade sexual, etc.

Honestamente deparo-me com uma ineficácia crescente das instituições em particular e da sociedade em geral, algo que há 2 décadas atrás e com menos recursos, parecia estar mais controlado.

Não se trata do contexto social das vítimas e agressores, vai muito além disso. 

Como cidadã e de uma forma directa ou indirecta eu própria já denunciei situações graves que não vi resolvidas. Seja com crianças, idosos….sei precisamente a quem me dirigir e de que forma, e não vi qualquer resolução ou sequer a vontade de solucionar as devidas questões. Não desisto e vou até às últimas instâncias, não obstante parece que é preciso dar-se uma tragédia para se actuar.

E com esta última tragédia temos o exemplo. Agora discutem-se as capacidades da progenitora, o motivo que levou uma determinada pessoa que alegadamente queria ver-se ressarcida de honorários devidos a título da prática de ritos pagãos e a verdade é que uma criança foi brutalmente assassinada e ela sim, que deveria ter sido protegida, senão por quem mais dela deveria gostar, em última instância pelo Estado português…não o foi. E passa a fazer parte das negras estatísticas relativas à falta de resposta social que o nosso país é capaz de dar perante situações de risco iminente.

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