Há umas semanas, 3 ou 4, não sei precisar, fui buscar a Bébécas ao colégio e faltava qualquer coisa no meu pack. Por norma vem a filha, os netos, adereços e a Naínhas!
Mas a Naínhas não estava, a educadora tinha a certeza que a tinha visto lá, eu ainda pus a hipótese da mesma ter ficado em casa (o que é raro, mas acontece muito de quando em vez).
Corri tudo lá em casa e de facto a Naínhas não estava; foi o drama, ela tem uma série de pseudo-substitutas, algumas delas que custaram uma verdadeira fortuna, mas de facto há insubstituíveis na nossa vida e a Naínhas é uma delas. Encardida de um modo que a máquina já não faz milagres, rota, cosida, re-cosida e rota, enfim, é o rescaldo de 4 anos sem falhas de simbiose pura para dormir, acordar, mimos, banho, férias e tudo o mais que se possa imaginar, e sempre com o adereço que ela exige, o cheiro da Mãe.
Não sei quem teve maior desgosto com o desaparecimento de um dos membros mais queridos da nossa família, se ela, por razões óbvias, se eu, que não consigo dissociar a Bébécas da sua Naínhas - fazem parte uma da outra, não há volta a dar.
Não havia dia que ela não clamasse por um milagre, eu, se por um lado tentava exercer alguma função didáctica dizendo-lhe que de uma vez por todas tem que saber tomar conta dos pertences dela, por outro tinha o coração apertadinho, e dava comigo a ver as fotografias do bolo dela do 2º aniversário em que a Naínhas e o Óscar reinaram do alto dos seus 2 andares, ou fotografias dela, em que 98% das vezes aparece a sua companheira de eleição.
Não me conformava, mas já tinha perdido quase a esperança, eis se não quando, acabada de chegar ontem ao colégio, a educadora com cara de caso diz-me para ir ver uma coisa (pensei, o que é que a minha filha aprontou, confesso).
Aponta para um telhado de uma garagem que fica ao lado do parque infantil e pergunta-me o que é que eu lá vejo; de imediato vi a Lãzinha da Doutora Brinquedos que ela tinha levado ontem; a educadora continuava - não vê mais nada ali na outra ponta!?
Gelei, tal não foi o espanto. Era a Naínhas! Bem, demos um abraço de tão contente que estávamos (a Bébécas é tão acarinhada no colégio que até as educadoras e auxiliares estavam inconformadas com esta perda) e veio de seguida a questão de como é que íamos lá acima - confesso que nem que me partisse toda, eu ia subir, mas veio o pai das trigémeas amigas da Bébécas e foi o herói.
Veio a Lãzinha, veio a Naínhas, as crianças aos gritos porque a Bébécas estava a delirar de felicidade, as trigémeas, por um lado deliravam pelo delírio da Bébécas, por outro por verem que o pai era o herói do dia e foi uma felicidade e uma gritaria de contentamento difícil de descrever.
A Bébécas mal chegou a casa foi telefonar para todas as pessoas que se lembrou para dar a boa nova, ainda passámos pela vizinha do 1º andar de quem ela tanto gosta, e também deu a novidade...e tem sido uma alegria enorme.
Hoje, para além da Naínhas não ter saído de casa porque, embora não pareça, vai ser lavada pela milésima vez, quero ver se a convenço a não a deixar mesmo sair mais - vou comprar uma caixinha bonita, almofadá-la e forrá-la com tecido, para ser o sepulcro da Naínhas nos próximos tempos e talvez mande dar-lhe um banho de bronze para a preservar para a posteridade, para ela a guardar, tal como o cueiro que tem uma história não muito feliz, mas muito significado para mim e para a relação que tenho com ela.
Habemus Naínhas e espero que este susto lhe tenha servido de lição.
Mas a Naínhas não estava, a educadora tinha a certeza que a tinha visto lá, eu ainda pus a hipótese da mesma ter ficado em casa (o que é raro, mas acontece muito de quando em vez).
Corri tudo lá em casa e de facto a Naínhas não estava; foi o drama, ela tem uma série de pseudo-substitutas, algumas delas que custaram uma verdadeira fortuna, mas de facto há insubstituíveis na nossa vida e a Naínhas é uma delas. Encardida de um modo que a máquina já não faz milagres, rota, cosida, re-cosida e rota, enfim, é o rescaldo de 4 anos sem falhas de simbiose pura para dormir, acordar, mimos, banho, férias e tudo o mais que se possa imaginar, e sempre com o adereço que ela exige, o cheiro da Mãe.
Não sei quem teve maior desgosto com o desaparecimento de um dos membros mais queridos da nossa família, se ela, por razões óbvias, se eu, que não consigo dissociar a Bébécas da sua Naínhas - fazem parte uma da outra, não há volta a dar.
Não havia dia que ela não clamasse por um milagre, eu, se por um lado tentava exercer alguma função didáctica dizendo-lhe que de uma vez por todas tem que saber tomar conta dos pertences dela, por outro tinha o coração apertadinho, e dava comigo a ver as fotografias do bolo dela do 2º aniversário em que a Naínhas e o Óscar reinaram do alto dos seus 2 andares, ou fotografias dela, em que 98% das vezes aparece a sua companheira de eleição.
Não me conformava, mas já tinha perdido quase a esperança, eis se não quando, acabada de chegar ontem ao colégio, a educadora com cara de caso diz-me para ir ver uma coisa (pensei, o que é que a minha filha aprontou, confesso).
Aponta para um telhado de uma garagem que fica ao lado do parque infantil e pergunta-me o que é que eu lá vejo; de imediato vi a Lãzinha da Doutora Brinquedos que ela tinha levado ontem; a educadora continuava - não vê mais nada ali na outra ponta!?
Gelei, tal não foi o espanto. Era a Naínhas! Bem, demos um abraço de tão contente que estávamos (a Bébécas é tão acarinhada no colégio que até as educadoras e auxiliares estavam inconformadas com esta perda) e veio de seguida a questão de como é que íamos lá acima - confesso que nem que me partisse toda, eu ia subir, mas veio o pai das trigémeas amigas da Bébécas e foi o herói.
Veio a Lãzinha, veio a Naínhas, as crianças aos gritos porque a Bébécas estava a delirar de felicidade, as trigémeas, por um lado deliravam pelo delírio da Bébécas, por outro por verem que o pai era o herói do dia e foi uma felicidade e uma gritaria de contentamento difícil de descrever.
A Bébécas mal chegou a casa foi telefonar para todas as pessoas que se lembrou para dar a boa nova, ainda passámos pela vizinha do 1º andar de quem ela tanto gosta, e também deu a novidade...e tem sido uma alegria enorme.
Hoje, para além da Naínhas não ter saído de casa porque, embora não pareça, vai ser lavada pela milésima vez, quero ver se a convenço a não a deixar mesmo sair mais - vou comprar uma caixinha bonita, almofadá-la e forrá-la com tecido, para ser o sepulcro da Naínhas nos próximos tempos e talvez mande dar-lhe um banho de bronze para a preservar para a posteridade, para ela a guardar, tal como o cueiro que tem uma história não muito feliz, mas muito significado para mim e para a relação que tenho com ela.
Habemus Naínhas e espero que este susto lhe tenha servido de lição.
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