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Economia(s)

Em tudo na vida que depende inteiramente de mim, digamos que sou uma pessoa estruturada, equilibrada e extremamente programada.

Desde os meus tempos de estudante, embora por vezes não parecesse, tudo era programado ao mais infímo pormenor. Eu sabia que para passar precisava de estar atenta 1/3 da aula e estava e estava a marimbar-me se tinha 5/4/3. Até ao 9º ano tinha que passar e pronto. Brilhava nas letras e nas ciências mandava-as dar uma volta.
Lembro-me que contrariamente à maioria dos colegas, gostava da disciplina de Física e abominava a Química...enfim, sempre fui um ser estranho.

A partir do 10º ano impunham-se médias, numerus clausus, a área que escolhi era do meu agrado e brilhava nas cadeiras de que mais gostava, naquelas que me eram indiferentes lá me ficava pelo 13/14 para não me lixar a média.

E a entrada na faculdade deu-se sem sobressaltos, naquele ano de 1995 estive entre os 20.000 melhores alunos do país, curiosamente uma mulher de Letras entra para Ciências; uma ciência social, mas não deixa de ser uma ciência.
Bem, pelo menos não tive que rever o método científico, mas quando me apercebi que tinha cadeiras de estatística, análise de dados e economia abanei.

Como também já tinha abanado quando, repito, para uma pessoa de Letras os meus testes psico-técnicos deram resultados brilhantes em raciocínio lógico e cálculo.
Pensei...isto é tudo doido.

Lá fiz as cadeiritas "ilógicas" sem grandes sobressaltos, mas confesso que longe dos 16 e 17's que consegui nas outras, não sei o que é um "exame" na faculdade, porque me saí sempre bem nas frequências e nos trâmites de primeira época, mas o que me fascinou foi ter descoberto que as contas davam-se uma certa luta, assim como a Economia.

É tudo uma questão de diferença entre álgebra e aritmética...apenas isso.

Exerço neste momento uma actividade profissional completamente diferente daquilo que seria esperado, passo os dias a fazer contas, controlo de custos, budgets e onde é que posso poupar custos à empresa e rentabilizar a nossa actividade.
Os resultados têm sido brilhantes e isto dá-me um gozo enorme...eu gosto disto!

Se bem que o gosto pela área criminal ainda cá está bem presente, agora ando numa fase de Economia, Economia, Economia.

E o mais engraçado é conseguir aplicar os pressupostos teóricos na nossa vida privada. Faço tabelas em excel, registos de activos e passivos, despesas e ganhos, enfim, ando "viciada" de uma forma saudável nas finanças.

E acreditem, se quem nos governa tivesse estes dotes, o nosso país estava bem melhor.

Comentários

eu disse…
A vida às vezes dá reviravoltas dessas. O importante é fazer o que nos apaixona.

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