Nos últimos dias não o posso evitar e as leituras que faço, as conversas que tenho com os mais próximos estão todas centradas no momento que mais dia menos dia, mais hora menos hora vou também eu estar a viver.
Cada caso é um caso, cada um tem a sua experiência e cada um vive esse momento à sua maneira, mas não deixo de estar centrada em absorver o máximo de informação possível, já que a situação acaba por ser imprevisível e tudo pode acontecer.
Tenho uma amiga desde os tempos idos de faculdade que tem um blog lindíssimo dedicado ao filhote e hoje deu-me para lá ir absorver toda a informação que ela relata acerca do nascimento do Lou. Fechei os olhos e senti alguma da ternura que ela experimentou naquele momento, caíram-me as lágrimas e senti uma "inveja" positiva da forma como tudo se processou com ela e da forma tão feliz que ela relata aquele momento.
Aqui deixo alguns excertos:
"(...)Virei a cara para não ver o reflexo do que faziam num vidro de um armário. O médico diz qualquer coisa como «A tentativa era honesta, mas ele estava mesmo muito subido!» e «Eh lá! Este é moreninho». E falavam muito todos. Mas não comigo. De repente ouço chorar. Era ele! Aí sim, emocionei-me. É sem dúvida uma sensação indescritível. Trouxeram-mo ao meu lado e eu achei que tinha muito cabelo e a cara quadrada. Não vi mais nada. Ouvi-o a chorar ao longe. Presumo que continuaram o serviço. A mim só queria que me deixassem em paz. Talvez me apetecesse dormir um pouco. Mas não. Mexe e remexe, põe daqui, passa para ali. Nesses intantes só pensava «E agora? O que é que eu faço? Agora é a sério. Serei capaz de tratar dele? De cuidar dele?».
"(...) Levaram-me para o recobro, onde percebi que o iam levar logo logo e onde também estavam os pais. Alguém dizia que o meu homem chorava que nem uma madalena, sorri. Fiquei à espera que viessem os meus amores. Estupidamente feliz."
Sem grandes delongas e olhando para a frente, para trás e para os lados dou comigo a pensar - como é que há pessoas que tenham a coragem de se demitir das suas funções, de gozar estes momentos, de os partilhar em uníssono, de os viver, de os deixar para sempre gravados na memória...e tudo isto por mero egoísmo, mera má formação moral, em que um copo de cerveja, um bar mais ou menos duvidoso e os amigos de ocasião pesam bem mais na balança do que a construção de uma família...
É triste...
Cada caso é um caso, cada um tem a sua experiência e cada um vive esse momento à sua maneira, mas não deixo de estar centrada em absorver o máximo de informação possível, já que a situação acaba por ser imprevisível e tudo pode acontecer.
Tenho uma amiga desde os tempos idos de faculdade que tem um blog lindíssimo dedicado ao filhote e hoje deu-me para lá ir absorver toda a informação que ela relata acerca do nascimento do Lou. Fechei os olhos e senti alguma da ternura que ela experimentou naquele momento, caíram-me as lágrimas e senti uma "inveja" positiva da forma como tudo se processou com ela e da forma tão feliz que ela relata aquele momento.
Aqui deixo alguns excertos:
"(...)Virei a cara para não ver o reflexo do que faziam num vidro de um armário. O médico diz qualquer coisa como «A tentativa era honesta, mas ele estava mesmo muito subido!» e «Eh lá! Este é moreninho». E falavam muito todos. Mas não comigo. De repente ouço chorar. Era ele! Aí sim, emocionei-me. É sem dúvida uma sensação indescritível. Trouxeram-mo ao meu lado e eu achei que tinha muito cabelo e a cara quadrada. Não vi mais nada. Ouvi-o a chorar ao longe. Presumo que continuaram o serviço. A mim só queria que me deixassem em paz. Talvez me apetecesse dormir um pouco. Mas não. Mexe e remexe, põe daqui, passa para ali. Nesses intantes só pensava «E agora? O que é que eu faço? Agora é a sério. Serei capaz de tratar dele? De cuidar dele?».
"(...) Levaram-me para o recobro, onde percebi que o iam levar logo logo e onde também estavam os pais. Alguém dizia que o meu homem chorava que nem uma madalena, sorri. Fiquei à espera que viessem os meus amores. Estupidamente feliz."
Sem grandes delongas e olhando para a frente, para trás e para os lados dou comigo a pensar - como é que há pessoas que tenham a coragem de se demitir das suas funções, de gozar estes momentos, de os partilhar em uníssono, de os viver, de os deixar para sempre gravados na memória...e tudo isto por mero egoísmo, mera má formação moral, em que um copo de cerveja, um bar mais ou menos duvidoso e os amigos de ocasião pesam bem mais na balança do que a construção de uma família...
É triste...
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