Penso que qualquer ser humano tem os seus períodos de idealização, de como vai ser o dia do casamento, o primeiro beijo, a primeira noite de amor, o nascimento de um filho, a festa de formatura...enfim.
Mas também todos sabemos que quanto mais planeamos, mais erradas nos saem as contas, pelo menos falo por mim.
Quando me imaginava um dia a passar por uma gravidez, imaginava que ia ser o período mais feliz da minha vida, o meu auge enquanto mulher. Sempre soube que iria ser mãe de um filho de um homem que amasse, a produção independente nunca fez para mim qualquer sentido e achei que iriam ser 9 meses em pleno.
Fotografias a cada mês para atestar a evolução do crescimento do bébé, andar por aí a "exibir" ao mundo o meu estado de graça, fazer valer-me do meu nobre estatuto de pré-mamã, inchada e orgulhosa da minha grande barriga.
Partilhar a dois todas as alegrias e as incertezas do que aí viria, partilhar com os amigos as coisas boas, receber muitos miminhos e festinhas na barriguinha, enfim, usufruir da benção ao mais alto nível.
O estado de graça está cá de facto, a felicidade de gerar um filho é algo inexplicável, mas vou sempre recordar esta gravidez também como dos momentos mais difíceis de toda a minha vida, dos momentos em que por algum motivo a vida me colocou mais uma vez à prova e me causou uma macabra dualidade de sentimentos e emoções.
Tenho a clara impressão de que muitos dos problemas que tive com a minha própria mãe já na idade adulta ocorreram por situações que ainda se passaram in utero, e não quero que a história tenha continuidade, nem vai ter da minha parte.
Por isso não me canso de dizer que te amo filha, és a minha paixão, vou fazer sempre tudo o que estiver ao meu alcance por ti, todos os sacrifícios, todas as vontades e quero que saibas sempre e que tenhas presente no teu coração o desejo que tenho por ti e que estava cá ainda muito antes de brilhares dentro de mim.
Sei que neste momento te transporto muita ansiedade, tristeza, dor, nervosismo...mas não consigo controlar, mas espero também que ao mesmo tempo te chegue aí ao teu aconchego todo o amor que sinto por ti e a certeza de que Tu vais ser muito feliz, porque moverei montanhas, lutarei contra as mais terríveis feras e deixar-te-ei seguir o teu caminho assim que o desejares. Espero conseguir transmitir-te bons valores e princípios, espero que sejas uma menina alegre e de bem com a vida e espero que uses um dia da tua arbitrariedade para fazeres o melhor que puderes por ti e por quem te rodeia.
E quando isso acontecer, um dia partirei em paz, pois terei cumprido a minha missão contigo. E olharemos para trás e avaliaremos este momento por que passo tão frágil, como algo que de certeza mais nos uniu.
Mas também todos sabemos que quanto mais planeamos, mais erradas nos saem as contas, pelo menos falo por mim.
Quando me imaginava um dia a passar por uma gravidez, imaginava que ia ser o período mais feliz da minha vida, o meu auge enquanto mulher. Sempre soube que iria ser mãe de um filho de um homem que amasse, a produção independente nunca fez para mim qualquer sentido e achei que iriam ser 9 meses em pleno.
Fotografias a cada mês para atestar a evolução do crescimento do bébé, andar por aí a "exibir" ao mundo o meu estado de graça, fazer valer-me do meu nobre estatuto de pré-mamã, inchada e orgulhosa da minha grande barriga.
Partilhar a dois todas as alegrias e as incertezas do que aí viria, partilhar com os amigos as coisas boas, receber muitos miminhos e festinhas na barriguinha, enfim, usufruir da benção ao mais alto nível.
O estado de graça está cá de facto, a felicidade de gerar um filho é algo inexplicável, mas vou sempre recordar esta gravidez também como dos momentos mais difíceis de toda a minha vida, dos momentos em que por algum motivo a vida me colocou mais uma vez à prova e me causou uma macabra dualidade de sentimentos e emoções.
Tenho a clara impressão de que muitos dos problemas que tive com a minha própria mãe já na idade adulta ocorreram por situações que ainda se passaram in utero, e não quero que a história tenha continuidade, nem vai ter da minha parte.
Por isso não me canso de dizer que te amo filha, és a minha paixão, vou fazer sempre tudo o que estiver ao meu alcance por ti, todos os sacrifícios, todas as vontades e quero que saibas sempre e que tenhas presente no teu coração o desejo que tenho por ti e que estava cá ainda muito antes de brilhares dentro de mim.
Sei que neste momento te transporto muita ansiedade, tristeza, dor, nervosismo...mas não consigo controlar, mas espero também que ao mesmo tempo te chegue aí ao teu aconchego todo o amor que sinto por ti e a certeza de que Tu vais ser muito feliz, porque moverei montanhas, lutarei contra as mais terríveis feras e deixar-te-ei seguir o teu caminho assim que o desejares. Espero conseguir transmitir-te bons valores e princípios, espero que sejas uma menina alegre e de bem com a vida e espero que uses um dia da tua arbitrariedade para fazeres o melhor que puderes por ti e por quem te rodeia.
E quando isso acontecer, um dia partirei em paz, pois terei cumprido a minha missão contigo. E olharemos para trás e avaliaremos este momento por que passo tão frágil, como algo que de certeza mais nos uniu.
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