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Castrações, acasalamentos e afins

Pois como o prometido é devido, passo a contar(vos) uma das peripécias das minhas recentes "férias".

O meu grande companheiro Xá, na plenitude dos seus 11 meses de vida felina transformou-se em macho a sério e decidiu começar a marcar território justamente no sítio mais despropositado de todos, ou seja, na minha cama; não sei se por mania dele, ou por lhe cheirar ali a fêmea o que é facto é que isso me causou alguns transtornos e uma montanha de roupas para lavar.

Talvez por achar que aquela bola de pêlo era isso mesmo, um bébé bola, sempre pensei que iria ultrapassar a puberdade do bichano com "uma perna às costas", mas dada a imundície que se avizinhava e em conversa com o veterinário dele, lá optei pela solução Castração.

O veterinário foi peremptório, a literatura acerca do mesmo também enaltece as vantagens e de facto foi o melhor para ele; nunca pensei em ter um companheiro de quatro patas para fazer um negócio de criação, os bichanos contrariamente a nós humanos (alguns humanos...nem todos) agem por instinto, a testosterona está lá...e porquê pactuarmos com o sofrimento?

Assim, corta-se literalmente o mal pela raiz.

Lá aprontei o Xá na véspera, banhinho cheiroso com champô Johnson de bébé, uma boa escovadela e lá fui deixá-lo para a dita intervenção. Correu bem, foi uma situação bem rápida, passada meia-hora tinha o veterinário a ligar-me a dizer que o meu campeão se tinha portado muito bem e que estava despachado. Ficou internado por umas horas e a meio da tarde fui buscá-lo.

Posso parecer lamechas, e a verdade é que o sou mesmo...So What??? Quando o fui ver, estava ele deitado com um olhar no mínimo sorumbático, o contorno da boca invertido para baixo, uma mistura de olhos de Basset Hound com boca de Smile triste, sossegado em cima de uma fralda própria em que se vislumbrava uma ou outra gotinha de sangue.

Aqui a Madalena começou a chorar...fiquei com o coração apertado ao olhar para ele assim naquele estado de profunda letargia; no fundo estava meio apalermado da anestesia que levou, mas emocionou-me vê-lo assim, pobre Xá, mal sabia ele o presente envenenado que tinha acabado de receber.

Mas agora passada uma semana e meia, está óptimo, traquinas como sempre, meigo para mim como sempre também, brincalhão...enfim, o meu grande companheiro das horas de ócio.

Os animais são de facto extraordinários e o Xá tem-me proporcionado momentos tão especiais e engraçados, que sem dúvida já faz também parte da minha vida.

Comentários

Concordo plenamente contigo, quando dizes que eles nos proporcionam momentos tão especiais e engraçados.

Adoro animais, sobretudo gatos, só tenho pena de não ter os meus aqui cmg, mas a vida e mm assim.

Bjs aos dois

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