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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2024

Folder “Para quê inventar” #3

 Há matéria para muito no reino das invenções do milénio. Mas quando se está a debater acerca de espírito altruísta e acções que se querem para o bem da Humanidade e sai de um canto um audível “acção imunitária” dá que pensar. Ou a pessoa pretende, como acção humanitária imunizar uma série de população e terminar com o flagelo de mortes por falta de profilaxia básica, o que no contexto em que se estava, não era o caso…ou então, humano e imune são sinónimos. Para a pessoa, entenda-se, porque a maioria dos presentes entreolhou-se, denotando alguma confusão mental.  Que volte o Grande Dicionário do Círculo de Leitores!

Se uma pessoa não se mimar

 Ninguém o fará por nós, portanto…

E o Balzac está óptimo com o seu fato pós-cirurgia

 Comilão, traquinas, há semanas que não me destruía um livro, pois que hoje me apanhou um do Che Guevara. Talvez seja vingança por lhe ter mandado retirar os ditos…raio do cão!

Folder "Para quê inventar" #2

Então e quando se mistura a secção de frutas e verduras do supermercado com o clero? Passo a explicar, porque com esta tardei alguns segundos até lá chegar.  Ouvi o seguinte: "ando a fazer dieta e fui ao supermercado, comprei uma série de cónegos...." O meu cérebro precisou de uns segundos para se situar e colocar os cónegos na Igreja e os canónigos na prateleira de frutas e verduras e consequentemente na prateleira dos vegetais da pessoa que pensa ter comprado...cónegos!

A solidariedade masculina é isto

 Não há amigo a quem tenha dito que o Balzac foi fazer a orquiectomia que não se tenha solidarizado com o bicho e me atire com as culpas por todo um mundo que o cão vai perder. Por mais que eu diga que não se perde o que nunca se teve, eles defendem-no. Talvez ainda desçam a pé a Avenida da Liberdade e se manifestem a favor dos testículos do Balzac. Mas já não vão a tempo porque a esta hora receio que já tenham ido pregar para outra freguesia e o Balzac vai ter uma existência tão ou mais fluida do que experienciou até agora.  Não vai sofrer por “amor”. Eu sou amiga. E jamais andará atrás de cadelitas de má índole, não queremos isso. 

Time to rehab

 Há dias que devem ser nossos e para nós. Tirei parte do dia para mim e a prova está nas pequenas coisas que se alinham para que o objectivo seja alcançado. Aquela paz necessária, nem que por breves instantes.  Tinha uma massagem oriental marcada, surpresa proporcionada pela minha querida irmã. Embora ande com um surto agudo de sinusite e caso pudesse, teria adiado a massagem, tal não foi possível e fui assim mesmo.  Num dia de semana até ao centro de Lisboa demorei cerca de 20 minutos a chegar, pensei que estacionar o carro em plena 5 de Outubro seria tarefa hercúlea, mas não. Qual a probabilidade de conseguir lugar mesmo à porta; literalmente à porta!? 1/1000 talvez!? Mas consegui. Sem stress, sem ter que dar voltas por aquelas avenidas velhas conhecidas.  Chegar ao espaço calma, tranquila e estar uma hora a receber. Literalmente a receber a dádiva que é estar num espaço que transmite paz, que cuida o corpo ao mesmo tempo que alimenta a alma. Saí de lá mais leve, tranquila, sem ponta

Folder "Para quê inventar" #1

 Existem pessoas com uma capacidade criativa fora do comum e então, como se já não existisse todo um léxico, criam variantes, não sei com que intuito. Mas essas variantes são pautadas de uma intensidade linguística tal que deve ser partilhada, para memória futura. E como primeira entrada temos alguém que não sabe certamente a que se refere um usucapião. Vá, apenas uma ínfima parte da população conhece termos corriqueiros para quem está na área do Direito, até entendo. Mas...não digam ou escrevam "uso campião", que não corresponde ao que querem dizer e até no erro, conseguem cometer mais um erro. Sempre às ordens!

Vamos lá ajudar a ter um mundo com melhores pessoas

 Diálogo de ontem à noite com pequena lição de vida que ela até já sabia: "Mãe, vou contar-te uma coisa e já sei que vais ficar chateada, mas eu conto na mesma.  - Então, conta lá! (primeira lição, fomentar a partilha de experiências ou factos sem colocar logo uma carga pesada em torno e garantir que a comunicação é sempre aberta)  - Lembras-te no outro dia em que te pedi para carregares o cartão da escola porque precisava ir à papelaria comprar papel milimétrico?  - Sim...e então? Esqueceste-te de comprar o papel?  - Não, eu comprei a folha, mas quando cheguei à sala e ia guardar a folha no dossier reparei que a senhora me deu 2 folhas mas eu só pedi e paguei por uma. E eu fiquei com a folha, também só reparei quando ia guardar.  - Hum, então e porque é que começaste a conversa dizendo que tinhas algo para me contar e que sabias que eu ia ficar chateada, diz lá à mãe.  - Porque eu já sei que tu me vais dizer que eu deveria ter devolvido a folha, mas mãe, eu só reparei já estava n

Então o objectivo não é escapar!?

 Fui pela primeira vez há uns dias a um Escape Room - ora eu que adoro este tipo de aventura, o que andava eu a perder. Foi divertidíssimo, ri-me imenso, ao princípio não percebi nada daquilo, não encontrava lógica em nada, e pistas em lugar algum. Para piorar continuo à volta com testes e mais testes às lentes de contacto, ora não vejo bem para longe, ora não vejo bem para perto...e naquele caso o ambiente não ajudava. Algo escuro e ter que encontrar combinações em cadeados num dia em que as lentes não me estavam a ajudar a ver bem o que estava perto, foi de gritos. Também descobri que atirar ao alvo com fisgas não é para mim mas...a decifrar chaves com caracteres egípcios ninguém me bateu, que fique claro! Também percebi que passar a rastejar por partas com 90 centímetros de altura já me faz doer partes do corpo que nem tinha sequer notado que existiam, fiquei torcida das costas, mas não importa, apanhei a chave, corri com ela que nem uma louca e lá fui abrir a fechadura. Click ouvi.

A mãe fez 70 anos

 No dia 9 de Abril de 1954 nascia a minha mãe, e por isso, esta semana completou os seus 70 anos. Quando se passa para a década seguinte há sempre um misto de sentimentos e emoções e com o avançar da idade e a sensação que se aproximam tempos mais melancólicos e próximos de algumas mudanças, mais duais se podem tornar esses sentimentos e os pensamentos a que eles dão lugar. A minha mãe opta sempre por ir pelo pior caminho e lembrar-se de quantos já cá não estão, que está a envelhecer, que é septuagenária e por aí fora. Logo ela a quem eu “invejava” a juventude e o quanto queria ser como ela quando chegasse aos 40 e tal, com ares de 30. Sim, parecia até há muito pouco tempo atrás ter um pacto com a juventude eterna. Mas deixou-se levar pelo seu lado mais taciturno e de facto está bem para os seus 70 anos, mas gostaria de a ver mais iluminada. Passaram 70 anos, e há 46 que a conheço e faço parte de todo este processo, umas vezes feliz outras nem tanto, mas que haja sempre motivos para ce

E a minha filha diz-me o seguinte:

 “Mãe, a minha amiga vai fazer a festa de anos à noite na praia!” Eu devo ter mudado drasticamente de expressão facial e o monólogo continuou: “Pois, eu também achei que não me ias deixar ir…mas estamos a pensar noutra opção. Depois digo-te.” Não sei se fique mais tranquila ou ainda mais preocupada. Mas…miúdas com 13/14 anos sozinhas a festejar um aniversário à noite na praia!?  Deve estar tudo alucinado, no mínimo. 

Não sei se se trata mesmo de estupidez...

Mas de facto uma pessoa dirigir-se a uma sapataria, solicitar determinado par de sapatos no seu número, demorarem cerca de 15 minutos, abrirem uma caixa, retirarem um sapato e dizerem: "No seu número não tem, mas trouxe o abaixo!" Peço desculpa à humanidade mas já não tenho paciência - ainda se fosse um número acima eu até poderia entender, mas qual é a lógica de perder e fazer perder tempo com resquícios de estupidez!? Até aqui já sorri, já me dei ao trabalho de explicar que não tem lógica, já experimentei para provar a tal falta de lógica, qual matrafona da Cinderela a experimentar o sapato da princesa, mas chega o dia em que se diz: "Lamento, mas ainda não fiz a cirurgia de redução do tamanho do pé!" Pois, as pessoas em si não têm culpa e acredito que tenham a maior das vontades em ajudar mas...quando chegamos ao limite de saturação por se cruzarem connosco pessoas com carácter, empatia, inteligência e outras virtudes discutíveis, pura e simplesmente, perde-se a

Folder “Para quê inventar” #4

 Alguma reminiscência com a tragédia do Titanic, o gigante dos mares impossível de afundar até no jogo da Batalha Naval, é mesmo pura coincidência.  Isto porque ouvi alguém dizer: “senti-me um iceberg” ipsis verbis , quando na realidade talvez quisesse dizer que se tinha sentido um/a outsider.  Não, não se trata de alguém que não usa o anglicismo e quer falar em português. Na na ni na não. Caso contrário não diria iceberg e diria, por exemplo, emplastro vá. Trata-se mesmo de um caso de criatividade extrema para o lado do disparate. 

Pérolas em pleno Portugal profundo, oprimido e ostracizado

 Placas invertidas é de mestre. Ou quem a colocou, não sabe ler; vá, é possível, mas não deixa de ser caricato. 

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en

Existe o paradigma da visão do inferno

E depois também existe o do olfacto. Dizem que o último dos sentidos que perdemos, isto se não padecermos antecipadamente de surdez, é a audição. Daí devermos ter muito cuidado com o que dizemos perto de pessoas que se encontrem em estados de coma e inconsciência. No meu caso, o último sentido que devo perder a par desse, será mesmo o do olfacto. Sim, posso estar a "léguas" que consigo distinguir odores, sejam eles bons ou maus. E sofro em demasia com os maus. Mas imagine-se se estando eles a léguas, eu os sinto, se estiverem a escassos centímetros...é a tortura. Ontem estava eu na fila para pagar a gasolina com que ia abastecer o carro. À minha frente estava um indivíduo que deveria ter menos uns 5 centímetros do que eu em altura e menos 30% em volume - portanto, um lingrinhas. O "lingrinhas", não pude deixar de reparar, tinha ares de pimpão, assim a querer  atirar para uma certa moda actual, e na verdade nem estava mal arranjado...mas exalava por ele fora um cheir