Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2022

Qual manta de retalhos, qual patchwork…

 

Isn’t she lovely? Really!? 🤔

 Há uns dias atrás coincidi num evento com um amigo americano. Uma pessoa incrível e muito, muito divertido. Tínhamos estado juntos noutra ocasião em que também esteve a minha filha e…ao que parece tiveram conversas bem sui generis , e entenderam-se na perfeição, não percebendo ele o português e ela não ser ainda fluente em inglês, mas a coisa fez-se. Então pois que neste último evento me disse ele: “How is lovely Rita? Your daughter is amazing. So beautiful and smart!” Até aqui uma mãe fica que nem perú de papo inchado a transbordar de orgulho pela sua petiz. E eis que chega a grande revelação: “I remember her many times because she’s really amazing and taught me what it is a bufa and a pum!” Isto no meio de um evento social é delicioso e eu não sabia se havia de rir ou fugir de fininho. E o meu amigo ria que nem um perdido.  Bom, se é para rir, vamos lá apanhar o embalo.  “Oh yes dear Stacey, she’s really lovely. She wants to play the piano, violin, she wants to be an actress and rid

AC DC

 Poderia falar de eventos ocorridos antes de Cristo ou após a sua suposta passagem. Poderia falar acerca daquela fantástica banda rock australiana que eu ouvia nos primórdios da minha adolescência…aqueles grandes malucos…mas não. Falo mesmo do pré e pós Covid-19 que vai marcar as nossas vidas e perdurará na História como tantas outras epidemias e pandemias ocorridas ao longo de séculos e séculos.  Como se já não bastasse o termos que tomar uma série de cuidados sanitários, temos a própria profilaxia e mais do que tudo, a doença. Não há decerto alguém que não tenha sentido o seu impacto, directa ou indirectamente.  Eu por mim falo. O meu padrasto passou os seus últimos meses de vida no auge da eclosão deste maldito vírus que fez com que não pudéssemos acompanhá-lo no fim e tivéssemos que lhe “fazer as visitas” por videochamada, só possíveis pela boa vontade da psicóloga da unidade de cuidados paliativos em que ele partiu. Permitirem-nos ver os seus restos mortais foi outra benesse. Porq

A paixão por relógios vai muito além dos relógios de pulso

 Que preciosidade!

Infelizmente há muita gente baralhada

 

Hoje foi o Ray Liotta….

 Tinha aquela espécie de beleza e charme a roçar o agressivo. Subaproveitado algumas vezes, teve várias interpretações brilhantes na sétima arte. Partiu cedo. Até sempre kind of gangster Liotta.

O coração de uma mãe não aguenta

 Ela é um terror. Um pequeno demónio com (mau) génio. Tira-me do sério e dá luta, muita luta. Esta nossa aventura tem sido totalmente diferente do que imaginei mas tem sido ela também que me tem permitido aprender e corrigir tanta coisa em mim. É uma benção, mas a maternidade tem muitos espinhos também. A responsabilidade, as escolhas, as cedências, os erros e ter que lidar com eles, a bem ou a mal. Mas eu quero sempre que ela brilhe e que seja feliz não sendo assim tão fácil para mim esta jornada. E sinto-me culpada por não ser a mãe perfeita que ela merece mas quero deixar-lhe acima de tudo boas memórias e princípios.  …teve que fazer um pequeno livro ao qual deu o título “Se eu fosse um lápis”. E eu vi-o inadvertidamente no computador. Não tenho por hábito corrigir-lhe trabalhos do dia a dia até porque ela dispõe de todas as ferramentas para os fazer de forma brilhante, e na realidade fá-los. O que eu não pensava era ler uma dedicatória destas: Ela não sabe que eu li, mas eu sei que

Entretanto, por aí…

 

“Maio maduro Maio”

“…Numa rua comprida  El-rei pastor Vende o soro da vida Que mata a dor Venham ver, Maio nasceu Que a voz não te esmoreça  A turba rompeu” Maio é um mês mágico. É o mês do apogeu da Primavera, é o mês da vida. E é um mês historicamente rico. Eu gostava do mês de Maio. Um mês de luta, um mês de movimento, um mês de esperança.  Há dois anos o mês de Maio tirou-me um grande amor. Às primeiras horas do dia 25 o meu padrasto deixou-nos, terminando o seu sofrimento e continuando o nosso, transformado numa saudade eterna. Esse mês de Maio também me trouxe um grande amor, mas não vou falar sobre corações quebrados por desamores.  E desde há dois anos a esta parte e assim será pelo resto da minha existência, Maio é um mês agre. Aliada a toda a força que lhe encontrava e não encontrava em Junho ou Março por exemplo, vai estar sempre a memória de uma grande dor, de um sentimento de impotência e saudade. Esta semana foi triste também. Lembrei-me muito da minha madrinha Guida que teria celebrado mai
 
 

Desafios de mãe de menina

 Sou ou procuro ser uma mãe compreensiva e sensível às questões da minha filha, até porque sei bem o que passei com uma mãe austera.  Mas quer dizer, haja limites. No outro dia íamos sair e coloquei-lhe de parte um vestido camiseiro giríssimo. Ela não tem falta de roupa, mas chegou à fase em que parece que anda sistematicamente de farda: calças de ganga, ténis, sweat-shirt/camisola. Tudo bem, mas se tem roupas igualmente giras, há que lhes fazer o devido uso. Fez uma cena que não queria usar o vestido; depois queria usar mas com collants; depois já aceitava meias até ao joelho. E estava um calor a lembrar um belo dia de Verão daqueles à antiga. Expliquei-lhe que aquele vestido não só não se coordena com meias, collants, peúgas ou afins como não estava sequer temperatura para isso. No meio de um choro a roçar um ataque histérico lá me disse que o problema eram os pêlos nas pernas! "Filha, tens 11 anos, és uma menina. É normal ter pêlos nas pernas. Mas tu tiras mãe, eu também quero

Fragilidades, boletins clínicos e mais uma série de coisas que não interessam para nada nem a ninguém

 Mas que vão constar nestas memórias. Há uns dias atrás comentava que sendo uma pessoa com algumas fragilidades e um sistema imunitário da treta e dado o facto de estar quase sempre com gripes, alergia e afins, para a minha filha as coisas não passam daí, pelo que ao ver-me a fazer um auto-teste lá vinha com desdém que não valia a pena estar com coisas porque o estado em que eu estava, era o meu normal. Talvez fosse, aliás, nem me sentia doente ao ponto de estar "encovidada" mas como agora nunca se sabe e os auto-testes já fazem parte do quotidiano, bora lá zagaratoar as narinas e demais orifícios que fazem parte do sistema respiratório. E o teste deu negativo mas numa cadência de 15 minutos o meu estado geral decaía. Quando vou, passada já quase 1 hora deitar o material biológico fora, estava lá outra risca. Oh Diabo! (pensei). Mas eles dizem que passados 20 minutos o teste deixa de estar válido...será!? Na dúvida repete-se, se bem que nesta fase a minha voz estava completam

E a culpa...morre mesmo solteira?

 O de João Rendeiro afirmou veementemente que não voltaria a Portugal e se essas declarações me irritaram na altura, tal a assertividade do indivíduo. E pensei cá para comigo que este tipo de gente tem mesmo de sofrer as consequências dos seus actos. Hoje amanhecemos com a notícia de que o homem morreu e que poderá ter cometido suicídio. Eh páh, tinha carácter o homem. Preferiu partir do que torcer! Se assim o foi...que cobardia. Que tristeza! Não ter as coisas certas nos devidos sítios para arcar com as suas responsabilidades e pagar pelo que fez. Sai de fininho, pela porta dos fundos, qual ratazana de esgoto imunda. Veremos as cenas dos próximos capítulos. 
 Há uns dias numa conversa com uma pessoa do meu passado de há mais de uma década lá para trás e que jamais me passaria pela cabeça voltar a “encontrar” em todos os sentidos (mas a vida tem esse dom de surpreender) ficaram no ar algumas partilhas de parte a parte e a conclusão brilhante a que ambos chegámos:

Frágil

 De há 2 anos e picos a esta parte já fiz vários testes para apurar se tenho Covid. Auto-testes, testes nas farmácias, nos contentores espalhados pela cidade de Lisboa, PCR em laboratórios….nunca por “desporto” embora na verdade seja algo que não me custe de todo,  mas sim porque me puseram a jeito, me pus inconscientemente a jeito, ou de quando em vez por imprudência minha porque sou uma humana que comete os seus erros, ou por sintomas que já não sabemos se são da rinite, sinusite, gripe, amigdalite… bla bla bla acabado em “ite” “ias” e afins. Depois não sabemos se são vírus, bactérias e aí vêm os estreptococos, estafilococos, bacilococos e o raio que partam estas bichezas microscópicas que desde que nasci me fazem ser vulnerável a eles.  Por consciência faço os testes quando estão cumpridas as condições para ser importante fazer despistes e a minha filha, olha de lado do alto da sua pequena altivez e diz invariavelmente: “Não sei porque vais fazer o teste mãe, tu estás sempre doente,

6 Semanas

 Apenas 6 semaninhas em falta para deixar de acordar diariamente às 6.30h e sair de casa com a criança às 7.20h da madrugada. Ponham-me lá numas férias paradisíacas que eu até posso nem dormir mas levantar cedo por obrigação…nunca foi para mim.  Por outro lado este sopro que é a vida…dá que pensar. 

Dante….Dante….

 Porque é que eu não interiorizei isto há algum tempo atrás!? …ou mesmo nada…

É auspicioso

 Na mesma semana um convite para passear pela Toscana, pelos Açores com passeios de barco pelas ilhas, e por Espanha.  Tudo locais que me apetece imenso visitar. Não me posso queixar de facto. Haja oportunidades. 

Butterfly

  Gosto de fotografar a natureza, incluindo teias de aranha, pássaros, borboletas… É precisa alguma paciência, mas a natureza é de facto maravilhosa. Estava num jardim e vi-a, mas bateu asas e voou, num voo cheio de classe. E voltou, deu duas voltas perfeitas à minha cabeça e pousou aos meus pés e ali ficou enquanto a fotografei por todos os ângulos possíveis. Mesmo ante os meus movimentos mais ou menos próximos, ela permaneceu bela e majestosa. Permitiu-me que a registasse para sempre.  Quando terminei disse-lhe: vai, voa, és linda. E ela, como que percebendo as minhas palavras, voou, serena. E eu sorri. Foi um momento feliz.

De braços abertos para a vida

 E eu estupefacta com o milagre que é….a vida e ser mãe desta miúda, que tanto me dá, tanto me desafia, tanto me irrita e tanto me faz transbordar de orgulho por me ter sido permitido ser a mãe dela!