Dizer-se a uma mãe que não pode dar beijinhos à sua criança...é duro de ouvir, digo já. Mas perfeitamente exequível se pensarmos que é para o bem da criança e então aí...nem que nos paguem 100.000€.
Ah pois é, então e o instinto? Estava a correr tudo muito bem, até que hoje, passados 5 dias sem qualquer resquício de PDA ela aparece-me à porta do quarto com aquelas bochechas maravilhosas, em slow motion eu aproximo-me dela, agarro-lhe na cabeça e dou-lhe dois grandes beijos. E que bem me souberam.
Ela, com os olhos a brilhar e um sorriso rasgado:
“Mãeeeeeee, já me podes dar beijinhos!!!”
Caiu-me tudo. Como é que eu me fui distrair desta maneira vil. Vontade de me esbofetear foi o que me deu. Bom, não há-de ser nada e a verdade é que uma mãe, por muito que proteja é humana e também falha.
Raios partam o COVID. Estou farta deste gajo até à raiz dos cabelos.
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