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Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2020

Não vale a pena criticar gratuita e destrutivamente os Serviços Públicos

 Ninguém estava preparado para uma situação destas, mas 9 meses volvidos existem de facto tópicos inadmissíveis. Ora vejamos, se um cidadão contacta a linha Saúde24 no dia 28/10 e lhe dizem que num período de 72 horas será contactado pela Unidade de Saúde Pública, a pessoa acredita, não obstante ouvir comentários (vários) a relatar que afinal podem não ligar. ...mas entretanto perante um primeiro teste com resultado negativo, o Centro de Saúde informa que a Alta só poderá ser validada pelo Delegado de Saúde; quer isto dizer que só após informação positiva do Delegado de Saúde é que se pode, findos os 14 dias de isolamento profiláctico, sair de casa. Mas...(mais um mas) o Centro de Saúde na pessoa de uma Enfermeira muito acessível também informa que estão com alguma dificuldade em ligar a todas as pessoas pelo que é preferível mais perto do final do isolamento, enviar para lá um email para que respondam que de facto já se pode sair de casa. Foi o que fiz...por acaso embora em isolamento

Ora vamos lá falar mal do sapateiro

 A minha irmã conhece um sapateiro que deve ser no mínimo o melhor sapateiro do mundo. Tem porta aberta ali para os lados do Saldanha, o que fica um bocado fora de mão.  Portanto quando surge alguma urgência vou a outro que fica nas imediações do meu escritório. Um senhor caricato e que provavelmente deve ser a pessoa mais azarada do mundo, tendo em conta as tragédias que vai contando sempre que entra um novo cliente. Não é má pessoa, mas não tem grande talento. Há uns meses perdi as capas de uns mocassins. Fui lá, colocou umas novas, creio que no dia seguinte já tinham caído. Voltei lá e ele, querido como sempre, voltou a colocar outras. Não usava os ditos sapatos há algum tempo e eis que anteontem os calcei. No pouco tempo em que os tive calçados sentia um desconforto no calcanhar, tipo a sensação de que havia por ali uma pedrinha. Sacudia e nada. Chegada a casa, tiro o sapato e vejo sangue no pé...qual pedrinha, era “apenas” o prego que fixa a capa ao sapato que se foi enterrando no

A notícia de última hora é que morreu Diego Maradona

O que tinha de génio na sua arte, tinha de louco, mas fica sem dúvida para a história o seu talento. Era sempre emocionante vê-lo jogar.

A miúda sempre a surpreender (pela positiva)

 A minha filha em termos de colaboração inata para permitir que lhe sejam praticados actos médicos faz-me lembrar aquele touro mecânico das festas de Verão. São precisas várias pessoas para a agarrar, grita, esperneia, chora, que nem a Maria Antonieta ao aproximar-se da guilhotina. E por mais que eu lhe diga que até ver tudo o que tem feito (vacinas e análises clinicas) é de facto inofensivo e que o facto de ficar naquele estado é que faz com que lhe custe...ela persiste. Aliás, persistia. Tinha a vacinação dos 10 anos marcada para hoje, mas eu, como já sei o que me espera, não he disse nada, até hoje de manhã, mas sem lhe dar importância. Primeiro disse que tinha que se despachar, o que é normal de manhã, depois disse-lhe que tinhamos que ir ao Centro de Saúde e, perante a pergunta com os olhos esbugalhados acerca do que lá iríamos fazer, atirei com a bomba e segui a rotina. No carro, com a proximidade da "casa dos horrores", perdão, do centro de saúde, lá lhe pedi encarecid

O Natal é quando uma mulher quiser

 

Falta de gosto

 Que cada um faça o que entende na sua casa, tudo bem. Mas devia ser proibido transpor isto para pura poluição urbana e visual. Mas por que raio é que certa gente nesta altura do ano gosta que as suas casas fiquem a parecer autênticos carros alegóricos, e ainda por cima feios!? E obrigarem uma pessoa a ver isto de cada vez que vai à janela...e isto ainda vai durar mais de um mês. 

Quando começamos a regredir na idade oficial

 Dizem que as pessoas de mais idade, velhinhas, regressam a alguns comportamentos da infância. Parece que sim. A minha emoção quando completava uma caderneta de cromos da  Barbie ou dos bonequinhos do “Love Is” não fica aquém da minha satisfação ao completar a caderneta de selos do Continente que me vai fazer ganhar mais um Pirex!

Quando o carinho/cuidados de mãe são requeridos

 Para que as questões de higiene infantil fiquem claras e deixando a devida ressalva de que cada um sabe de si e dos seus, uma criança de 10 anos não tem capacidade para tomar banho e afins sozinha, sem supervisão. Por vários motivos, nomeadamente destreza para se conseguirem ensaboar nos locais menos acessíveis, esfregarem bem aquelas partes tipo, de lado dos tornozelos onde se não lavarem bem ganha surro, já para não falar das partes mais íntimas e...sobretudo nas raparigas, o cabelo. A verdade é que há por aí muito adulto que não se sabe higienizar em condições, quanto mais uma criança. Por isso ainda tenho uma voz activa nestes campos. Ela lava os dentes sozinha, há anos, e que bem que os lava, mas amiúde eu vou lá ver em todos os recantos se de facto não há imperfeições, e quando as há, volta a lavar, a passar o escovilhão e a finalizar com o fio dentário. Resultado, conheço miúdos que ainda em dentes de leite têm cáries e a minha filha está com uma dentição tão cuidada que saio s

E tínhamos que terminar com perguntas cujas respostas não sei

 E tive que lhe desvendar um dos mistérios da vida - que irão existir sempre perguntas sem resposta, ou de vez em quando a resposta adequada é “porque sim”. “Mãe, porque é que os brasileiros dizem bunda em vez de rabo?” Ora aqui em casa não se vêem novelas, portanto onde é que ela anda a ouvir este tipo de vocabulário popularucho!? “Mãe, porque é que os Partidos, em vez de se chamarem partidos políticos, não se chamam clubes políticos?” Isso é que seria engraçado, clube dos malfeitores da esquerda, clube dos malfeitores da direita, clube dos malfeitores ao centro e ainda havia espaço para o clube chega para lá. Esta miúda lembra-se de cada uma...

Drama do dia

 Vou buscá-la. Aparece-me com cara de tragédia e num ápice começa a choramingar. Depois de muito lhe perguntar o que se passou, faz-me prometer que não me iria  zangar com ela. Não posso prometer uma coisa dessas porque não faço ideia do que ali vem, mas tudo bem, prometo que vou ouvir com atenção.... Teve Bom Mais a Inglês. Juro que não percebo porque faz estes dramas quando eu acompanho pacificamente as lides escolares, encorajo-a, ajudo-a quando ela necessita e se algo corre abaixo das suas expectativas digo-lhe sempre que com algum trabalho, a próxima vez será melhor.  É simples. Ela é que complica a própria vida 🤔

Ele, o Rocketman, e eu...numa choradeira

 Não tinha visto o filme e acabou por ser a minha companhia nesta tarde de Domingo. Acabei num pranto. Estórias de vida complicadas e que nos fazem parar para pensar na nossa própria existência, nas nossas escolhas, no papel que teve e tem quem se cruza connosco, e no fim, espremendo o pouco que fica na verdade, foi quem sempre lá esteve, quer tenha chegado mais cedo ou mais tarde.

O próximo pois claro...encomendado e a ansiar que chegue às minhas mãos!

 O Homem por detrás do primeiro Presidente negro dos Estados Unidos. Uma inspiração!

Quando finalmente acertamos no cabeleireiro

 Demorei anos até conseguir encontrar quem me tratasse do cabelo a sério. Quando comecei a desfrisar foi o caos porque os produtos são muito agressivos e o meu couro cabeludo reagia muito mal aos produtos. Reagia mal eu também e não era bem aquilo porque continuava a ter que esticar o cabelo com escova e secador de cada vez que o lavava. Passados uns anos passei para a progressiva, bastante melhor mas a mesma reacção adversa do meu couro cabeludo e o cabelo não crescia porque estava permanentemente partido.  Andei a pôr extensões por uns tempos, tinha um cabelão de facto... mas ainda não era aquilo. Até que há cerca de 4 anos, mais coisa, menos coisa, conheci o Luís e daí passei para o alisamento orgânico, um produto que não me faz qualquer reacção alérgica e que me deixa o cabelo como nunca até então. E onde vai o Luís, vou eu e até me aventurei há uns anos a fazer madeixas loiras, o cabelo passou a crescer e anda sempre bonito e luzidio. 

Com os tempos que correm nem com pragmatismo lá vai

 Ontem tive um dia péssimo com um surto alérgico e uma temperatura na ordem dos 37.3. Tomei a bomba, mas pelo sim pelo não o paracetamol também foi garganta abaixo. Hoje passei um dia substancialmente melhor mas ao final da tarde regressou aquela sensação de febre a chegar mas até ver não passou dos 37.1. Os meus invernos são passados assim desde sempre e ainda para mais, apesar dos meus ricos pulmões já terem 11 pneumonias em cima, os nossos serviços de saúde são cegos e consideram que dada a escassez, só tem direito a vacina da gripe quem tem 65 anos ou mais, e outros grupos considerados de risco...mas uma pessoa com a minha facilidade em desenvolver patologias graves nos pulmões pode morrer à espera.  Tudo bem, o povo cala-se! Mas já dou comigo a pensar...será que depois do isolamento e a falta de sintomas por dias a fio, agora é que fiquei “covidada”?

Tem trazido notas brilhantes

 De Muito Bom para cima se é que isso é possível, não obstante continua fiel à sua raça e deixa-me a braços com uma vontade latente de a entregar para adopção!  

Há que concordar

 
 Recuperar os abraços e beijinhos da minha filha foi das melhores experiências emocionais deste fim de isolamento profilático. Que saudades de sentir aquela pele e o calor dos seus abraços. Esta pandemia está a tirar-nos tudo.
 
 Está a ser um ano infernal. Muitas coisas menos boas a acontecer mas sobretudo a perda de pessoas próximas. Nunca pensei ao entrar neste ano de números redondos que o meu padrasto nos deixasse e com tanto sofrimento. Nunca pensei que a nossa aparente acalmia fosse culminar nestes tempos pandémicos e conturbados. Nunca pensei noutras coisas que surgiram e que tive e tenho que lidar com elas.  E parece que a dinâmica é geral. Tenho assistido ao desaparecimento em catadupa de pais e mães de pessoas amigas e/ou conhecidas. Parece que estamos todos no mesmo grupo de tristeza e desolação. Estamos todos a perder...pessoas que nos são queridas, alguns sonhos, sorrisos, alegria, brilho, tempo, tempo com os nossos...e isso deixa-me triste.

Há 5 dias sem PDA....deu asneira

 Dizer-se a uma mãe que não pode dar beijinhos à sua criança...é duro de ouvir, digo já. Mas perfeitamente  exequível se pensarmos que é para o bem da criança e então aí...nem que nos paguem 100.000€.  Ah pois é, então e o instinto? Estava a correr tudo muito bem, até que hoje, passados 5 dias sem qualquer resquício de PDA ela aparece-me à porta do quarto com aquelas bochechas maravilhosas, em slow motion eu aproximo-me dela, agarro-lhe na cabeça e dou-lhe dois grandes beijos. E que bem me souberam.  Ela, com os olhos a brilhar e um sorriso rasgado: “Mãeeeeeee, já me podes dar beijinhos!!!” Caiu-me tudo. Como é que eu me fui distrair desta maneira vil. Vontade de me esbofetear foi o que me deu. Bom, não há-de ser nada e a verdade é que uma mãe, por muito que proteja é humana e também falha. Raios partam o COVID. Estou farta deste gajo até à raiz dos cabelos.

Espero sinceramente que o mundo mude amanhã