Ontem tivemos possessão demoníaca. O trajecto que medeia o colégio da piscina, que dista em minutos, cerca de 20, foi totalmente feito comigo a ouvi-la numa intensa birra.
Primeiro era um canino a abanar, mas depois já era um molar. Filha, isso passa. Depois doeu-lhe a ponta do nariz. Filha, quando pararmos a mamã dá um beijinho. Passámos para um dos 10 dedos do pé - nem me atrevi a perguntar qual deles era, mas voltei a prometer beijo.
Depois porque ia devagar, mas depois já ia depressa, depois porque deixei o carro ultrapassar - foram os 20 minutos mais longos da minha vida a seguir ao trabalho de parto, àquela parte que supostamente é rápida e que a cabeça mais puxão menos puxão sai, e que no caso dela demorou "só" 2 horas.
Eu já estava em desespero.
Já sem birra mas a reclamar, seguimos para as meias, depois para a touca que puxou o cabelo, etc. etc. etc. Ela foi para o tanque e quem ficou possuída por vários demónios fui eu; não descomprimi nem consegui ir ver com calma a exposição do Moniz Pereira, tal não era a minha irritação.
Acaba a aula, vem de lá a cantar e rir, chegamos ao banho, novo transtorno obsessivo-compulsivo - porque a água estava quente, porque não gosta do cheiro do gel de banho, porque também quer pintar as unhas dos pés....eu calada, a contar até 1000 em grego.
Hora de pentear - o Clímax: começa a fazer berreiro, desce sobre mim a personagem mãe megera, semi-cerro os dentes e mesmo assim continuo a falar-lhe a sorrir e digo apenas: "Mais um pseudo ataque histérico e acaba-se a festa de anos que eventualmente terias daqui a 3 semanas, mesmo sem ainda ter começado"
O olhar irado mudou, a face trombuda deu lugar à mais linda Princesa Vaiana da Disney, mas eu estava tão lixada com "F" maiúsculo que aproveitei os minutos de silêncio para apenas....descomprimir.
Chegamos a casa, estaciono o carro, abro-lhe a porta, ela sai de braços abertos e diz: "Mamã, és linda, fazemos as pazes, fazemos!?"
Primeiro era um canino a abanar, mas depois já era um molar. Filha, isso passa. Depois doeu-lhe a ponta do nariz. Filha, quando pararmos a mamã dá um beijinho. Passámos para um dos 10 dedos do pé - nem me atrevi a perguntar qual deles era, mas voltei a prometer beijo.
Depois porque ia devagar, mas depois já ia depressa, depois porque deixei o carro ultrapassar - foram os 20 minutos mais longos da minha vida a seguir ao trabalho de parto, àquela parte que supostamente é rápida e que a cabeça mais puxão menos puxão sai, e que no caso dela demorou "só" 2 horas.
Eu já estava em desespero.
Já sem birra mas a reclamar, seguimos para as meias, depois para a touca que puxou o cabelo, etc. etc. etc. Ela foi para o tanque e quem ficou possuída por vários demónios fui eu; não descomprimi nem consegui ir ver com calma a exposição do Moniz Pereira, tal não era a minha irritação.
Acaba a aula, vem de lá a cantar e rir, chegamos ao banho, novo transtorno obsessivo-compulsivo - porque a água estava quente, porque não gosta do cheiro do gel de banho, porque também quer pintar as unhas dos pés....eu calada, a contar até 1000 em grego.
Hora de pentear - o Clímax: começa a fazer berreiro, desce sobre mim a personagem mãe megera, semi-cerro os dentes e mesmo assim continuo a falar-lhe a sorrir e digo apenas: "Mais um pseudo ataque histérico e acaba-se a festa de anos que eventualmente terias daqui a 3 semanas, mesmo sem ainda ter começado"
O olhar irado mudou, a face trombuda deu lugar à mais linda Princesa Vaiana da Disney, mas eu estava tão lixada com "F" maiúsculo que aproveitei os minutos de silêncio para apenas....descomprimir.
Chegamos a casa, estaciono o carro, abro-lhe a porta, ela sai de braços abertos e diz: "Mamã, és linda, fazemos as pazes, fazemos!?"
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