Há precisamente um mês atrás estava eu num velório - tinha falecido o pai de um amigo. Hoje, após um mês, regressei agora de um velório - faleceu a mãe de uma grande amiga. Se, no mês passado estive a dar o meu carinho a um amigo, pois não privei com o seu pai, hoje, para além dos beijinhos e do abraço à minha amiga, fui lá também pela mãe dela, pessoa que conheci, com quem privei, com quem convivi. E ali estava aquela filha órfã, no rosto espelhado o retrato da dor, e aquela mãe, no seu ataúde, irreconhecível, inerte, morta...e tudo isto não faz sentido. Nascemos pré-programados para partir um dia, mais ou menos longínquo. Acredito que nada disto acaba aqui, assim, como muitos querem impingir. Todos percorremos o nosso caminhos, uns percorrem mais que outros, todos temos os nossos momentos de aperfeiçoamento e de redenção e quanto mais encaixarmos esta ideia, menos sofremos...pois, dizem que sim. Mas a verdade é que, convicções à parte, sofre-se na mesma, porque há pessoas que