Avançar para o conteúdo principal
Existe uma pessoa na minha vida que tem sido, desde que nos conhecemos um pilar essencial, com quem partilho não só o partilhável, como o impartilhável.

Não existem segredos, e, ao longo destes anos posso dizer que essa pessoa é minha amiga, mesmo amiga...aliás, não só, mas também.

É aquela pessoa com quem não tenho problemas de expôr as minhas alegrias todas, mas também os meus dramas interiores, as minhas conquistas, as minhas loucuras...

E faz o que qualquer amigo deve fazer e ser - raramente me diz aquilo que eu quero ouvir; por vezes calha, mas porque tem que ser, mas a maior parte das vezes dá-me cada chapadão que até vejo estrelas; confesso que os elogios que me faz, não só a mim como à minha postura são deliciosos e honrosos, mas quando entramos na fase da estalada...é para valer....e afirma que eu não espere que vá ter dali festinhas e coitadinha para aqui e para ali....não, levo estaladas e tenho que as aguentar...depois acabamos a rir e também digo as minhas barbaridades.

No outro dia falámos em amor, no amor de uma mulher por um homem e vice versa, não sou uma pessoa de muitos amores, vivi uma ou outra paixão fugaz, e amar, bom, amar, não se ama qualquer pessoa, embora muitas vezes se pense que sim.

Curiosamente guardo no coração e na memória uma ou outra paixão que tiveram os seus óptimos momentos e guardo-as do ponto de vista positivo, foram tempos engraçados, as expectativas tendo sido alcançadas ou não...enfim, foram paixões e como dizia uma pessoa que acompanhei nos meus tempos de estágio no EPC, "as paixões tornam a mente turbulenta" e esse sensação, pelo menos na altura, é boa.

Entretanto o amor é mais complexo, é um sentimento e, mais complexo é quando paramos para pensar que fomos capazes de amar uma entidade que não existia; amamos um ideal, um boneco/a, e a massa que está lá dentro pode não ser o que realmente amamos. Amamos a ideia, acreditando na essência que se nos afigura, mas a essência na realidade é uma fraude.

E assim se dão os desgostos de amor. Que atire a primeita pedra a pessoa que nunca apanhou uma desilusão de amor...




Comentários

eu disse…
É mesmo importante termos amigos assim, desses que estão lá para o que der e vier, doa o que doer e nos dizem as verdades coloridas ou cinzentas.
O amor há de voltar a aparecer na tua vida (se não apareceu já), dá tempo ao coração para voltar a confiar, que ele chega. É que por mais turbulenta que seja a paixão, e por mais arriscado que seja o amor... são mesmo eles que nos dão os melhores (e piores) momentos.
Um beijinho

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en...