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O primeiro mês

O relógio marcava as 3.40 da madrugada quando o Zé partiu, há um mês atrás. O meu telefone tocou pelas 4 da manhã e quando ouvi o seu som, já sabia o que aí vinha. É típico se o telefone toca de madrugada, ser uma má notícia que aí vem. Umas horas antes tinha comentado com a minha irmã que oxalá estivesse enganada mas parecia-me que lhe restavam escassas horas de vida...mas a verdade é que até ao fim, esperei um milagre. Umas melhoras repentinas. O Zé não é desses de virar costas. O Zé manteve-me no seu coração mesmo após o final da união com a minha mãe...o Zé...é o Zé e não morre. Não morre de facto nos nossos corações, não há dia que passe que as memórias que tenho dele não me ocupem parte do pensamento.

Esta saudade que dói.

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