Avançar para o conteúdo principal

Experiências da juventude

Estava eu a dar uma volta pelo centro comercial à hora de almoço e sou abordada por um jovem rapaz com idade para ser meu filho (sim, eu já digo isto, oh céus!) com uma nota de 5 euros amarfanhada nas suas mãos de recém adolescente, a falar baixinho, com uma certa dose de "vergonha" e decoro e eis que me pede para lhe ir comprar um maço de cigarros.

Obviamente que não acedi, não gostaria que a minha filha tivesse que fazer o mesmo daqui a uns anos; se tiver que pedir a alguém para lhe comprar tabaco, quero e anseio para que tenha a abertura suficiente para o pedir a mim.

A questão é que há coisas que de facto são prejudiciais, que não trazem nada de novo à nossa existência, mas mesmo assim há quem teime em experimentar.

No meu caso já foi muito tarde, sem dúvida que na altura, às escondidas da minha mãe, embora ela hoje o saiba, mas em boa hora o vício não tomou conta de mim. Menos uns pregos para o caixão e a poupança de uns quantos euros.

Mas entristeceu-me a atitude daquele garoto. Tantas coisas giras que ele podia fazer com os 5 euros de hoje, de amanhã e de depois e gastá-los em algo tão inútil, sobretudo numa idade em que ainda não é suposto se ter aqueles devaneios e/ou problemas que se colmatam e/ou abafam com uma dose de nicotina.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Folder "Para quê inventar" #6

 Também existe quem publicite "Depilação a Lazer"!  Confesso que quando olhei há uns dias para uma montra de um instituto, salão ou lá o que é de "beleza" fiquei parada por alguns momentos, não sabendo bem se deveria benzer-me, fazer serviço público e ir avisar as pessoas que aquilo estava mal escrito ou pura e simplesmente, seguir o meu caminho. Foi o que fiz, segui o meu caminho, porque na realidade não me foi perguntado nada, portanto não vale a pena entrar em contendas com desconhecidos à conta de ortografia. Mas...."depilação a lazer" é mesmo qualquer coisa! Para mim, não é mesmo lazer nenhum e posso confirmar que provoca até uma sensação algo desconfortável no momento, que compensa depois, mas daí a ser considerado lazer, vai uma distância extraordinária.

RIP - Seja lá isso o que for

 Sabemos lá nós se o descanso será eterno, ou mesmo se haverá esse tal descanso de que tanto se fala nestas situações. Sei que estou abananada. Muito. Penso na finitude e de uma maneira ou outra, já a senti de perto. A nossa evolução desde o nascimento até à morte é um fenómeno ambíguo e já dei comigo a pensar que sempre quis tanto ser mãe, que me custou tanto o parto da minha filha para lhe dar vida e que ela, tal como eu, um dia deixará de existir. Não me afecta a minha finitude, já desejei o meu fim precoce algumas vezes, mas não lido com pragmatismo com o desaparecimento de outras pessoas, nomeadamente das pessoas que me dizem ou até disseram algo. Hoje, deparo-me com uma notícia assim a seco e sem preparação prévia. Mas como é que um colega de quem recebi mensagens "ontem" pode ter morrido!? E vem-me sempre à cabeça aquele tipo de pensamento: "mas eu recebi ontem um email dele", espera, "eu tenho uma mensagem dele no Linkedin", "não, não pode, en