Morremo-nos e renascemo-nos várias vezes. Quais resquícios de imortalidade ou fenómenos místicos em que a Fénix renasce das cinzas. Nesta minha existência de 46 anos e tal, já nasci, vivi, sobrevivi, adormeci, morri, renasci e tantos outros fenómenos, algumas vezes. Já deveria saber que isto é assim que funciona, mas de cada vez que "me morro", não me mato, mas quase. Porque morrem em mim muitas coisas e nascem ou renascem outras. Nunca fico igual - não perco a minha essência, mas jamais fico igual. Tão pouco sei se cresço ou embruteço, mas algo se passa em mim. Hoje foi mais um desses dias. Não ansiava por este dia. mas temia o que dele resultasse. Recebi imenso carinho, cuidado, preocupação reiterada e genuína e eu, que não gosto muito de contacto físico de "estranhos", precisava mesmo de um toque no ombro, um sorriso, um olhar profundo nos olhos e um "está tudo bem". Estava frágil e não tinha sequer a ideia de que estava assim tão assustada. No fim, a