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Singelas visões do inferno

 Continuar a ver por aí decorações de Natal em barda nas janelas, varandas e jardins alheios. Aquelas luzes a piscar, pais Natal pendurados em janelas e uma parafernália de gosto duvidoso alusiva, dizem, a época que já findou e apenas se repetirá, para alguns, daqui por 11 meses.

Confesso que isto é bem pior do que o Carnaval, porque esse, só dura 3 dias e as pessoas têm justificação para usar máscaras. Em contraposição esta quadra que findou mas que tendem a prolongá-la não sei bem porquê, dura na verdade meses sem fim, as pessoas adoptam comportamentos em que tentam demonstrar um altruísmo que não detêm e reflectindo bem, é parco e indecente que a data que se impôs como a do nascimento de um menino há 2000 e poucos anos atrás, que na verdade nem nesse dia preciso nasceu, seja o mote para famílias se juntarem quando por vezes durante todo o ano não fazem muito por estar juntas.

Sim, o tal Natal, deveria ser vivido noutra perspectiva, celebrado de outras formas, entre família e amigos que são família, ou entre desconhecidos que merecem que olhem por eles, não importa. Deveria de facto existir um Natal todos os dias, fazermos com que ele se manifestasse em actos de altruísmo, empatia, respeito e amor ao próximo.

Enfim…devaneios meus…

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