Todos nós temos aspectos em nós de que gostamos mais e menos, e o facto é que entre outros aspectos, adoro as minhas mãos e os meus dentes.
Desde que tenho dentes na boca, ainda no tempo dos de leite, que os tinha lindos, certinhos, brancos, sobejamente elogiados; com os definitivos não foi excepção. Tenho um canino ligeiramente torto, mas que é algo genético, do lado da minha avó materna e tenho o maxilar superior ligeiramente saliente em relação ao inferior, mas que acaba por ser também uma característica minha, se assim não fosse as minhas feições não seriam as mesmas.
Bom, com os cuidados de higiene que a minha mãe sempre me impôs e os tantos elogios desde sempre ao meu sorriso e aos meus dentes, veio dali um brio que, se me tocam nos dentes, tocam-me na menina do olho.
O facto é que em quase 40 anos de vida (é verdade, mais 1 ano e meio e entrarei nos 40) eu nunca tive chatices, cáries, etc., o que é algo raro. E confesso que são "patologias" que me transcendem o sistema nervoso, embora que, por muito boa higiene que se tenha, as coisas aparecem, será algo normal e que importa tratar.
Há umas semanas, comecei a sentir um incómodo no quadrante esquerdo inferior, em cerca de 3 dentes; andei lá de espelho, de escovilhão e tudo e mais alguma coisa (até instrumentos que jamais deveria colocar dentro da boca), descobri que a gengiva lá atrás recuava ligeiramente, e que ali podia ser o foco do meu problema - pensei, enfiam-se ali restos de comida e eu se calhar tenho os dentes estragados por baixo.
Fiquei transtornada; andava a perguntar aos maus íntimos se alguma vez me notaram mau hálito, enquanto aguardava pela consulta no dentista, que, por situações pessoais e profissionais tive que adiar duas vezes.
Ontem lá fui, a minha mãe foi comigo e eu só pensava - como é que eu vou suportar a vergonha do dentista, que ainda por cima é meu amigo me dizer que tenho dentes estragados, e a minha mãe a ouvir; perdi 5 quilos em stress.
Primeira observação foi que não via nada estragado, os dentes estão e são perfeitos, mas vamos fazer a panorâmica, para ver dente a dente. Orgulho, porque realmente até na radiografia eles saem bonitos. Algo que o meu dentista não perde tempo a fazer (destartarização), ontem deu assim um lamiré, porque de facto disso eles estão a precisar, para ver se descobria alguma cárie escondida....e nada, tudo limpo.
Ufa, pensei mesmo à tuga - não tenho nenhum dente podre!
O pior é que, nesse mesmo quadrante ele acha melhor extrair o ciso. Confesso que estou cheia de medo; sim, eu que já fui mãe e com um parto tortuoso, estou a tremer porque vou arrancar um dente que não está ali a fazer nada, que por vezes me incomoda a furar a gengiva e que me pode trazer problemas daqui a uns anos. Medo é o que sinto, estou aterrada, por mais que me digam que a extracção em si não dói nada e sabendo eu que o meu dentista é o melhor do mundo, tem montes de experiência, doutoramento na área, Professor Universitário, etc., já operou a minha mãe e ela (e se a minha mãe é uma doente difícil) sai de lá a dizer que não doeu nada.
Oh meu Deus, que sofrimento até Setembro, até ao dia em que vou arrancar o meu rico dentinho. M-E-D-O!
Desde que tenho dentes na boca, ainda no tempo dos de leite, que os tinha lindos, certinhos, brancos, sobejamente elogiados; com os definitivos não foi excepção. Tenho um canino ligeiramente torto, mas que é algo genético, do lado da minha avó materna e tenho o maxilar superior ligeiramente saliente em relação ao inferior, mas que acaba por ser também uma característica minha, se assim não fosse as minhas feições não seriam as mesmas.
Bom, com os cuidados de higiene que a minha mãe sempre me impôs e os tantos elogios desde sempre ao meu sorriso e aos meus dentes, veio dali um brio que, se me tocam nos dentes, tocam-me na menina do olho.
O facto é que em quase 40 anos de vida (é verdade, mais 1 ano e meio e entrarei nos 40) eu nunca tive chatices, cáries, etc., o que é algo raro. E confesso que são "patologias" que me transcendem o sistema nervoso, embora que, por muito boa higiene que se tenha, as coisas aparecem, será algo normal e que importa tratar.
Há umas semanas, comecei a sentir um incómodo no quadrante esquerdo inferior, em cerca de 3 dentes; andei lá de espelho, de escovilhão e tudo e mais alguma coisa (até instrumentos que jamais deveria colocar dentro da boca), descobri que a gengiva lá atrás recuava ligeiramente, e que ali podia ser o foco do meu problema - pensei, enfiam-se ali restos de comida e eu se calhar tenho os dentes estragados por baixo.
Fiquei transtornada; andava a perguntar aos maus íntimos se alguma vez me notaram mau hálito, enquanto aguardava pela consulta no dentista, que, por situações pessoais e profissionais tive que adiar duas vezes.
Ontem lá fui, a minha mãe foi comigo e eu só pensava - como é que eu vou suportar a vergonha do dentista, que ainda por cima é meu amigo me dizer que tenho dentes estragados, e a minha mãe a ouvir; perdi 5 quilos em stress.
Primeira observação foi que não via nada estragado, os dentes estão e são perfeitos, mas vamos fazer a panorâmica, para ver dente a dente. Orgulho, porque realmente até na radiografia eles saem bonitos. Algo que o meu dentista não perde tempo a fazer (destartarização), ontem deu assim um lamiré, porque de facto disso eles estão a precisar, para ver se descobria alguma cárie escondida....e nada, tudo limpo.
Ufa, pensei mesmo à tuga - não tenho nenhum dente podre!
O pior é que, nesse mesmo quadrante ele acha melhor extrair o ciso. Confesso que estou cheia de medo; sim, eu que já fui mãe e com um parto tortuoso, estou a tremer porque vou arrancar um dente que não está ali a fazer nada, que por vezes me incomoda a furar a gengiva e que me pode trazer problemas daqui a uns anos. Medo é o que sinto, estou aterrada, por mais que me digam que a extracção em si não dói nada e sabendo eu que o meu dentista é o melhor do mundo, tem montes de experiência, doutoramento na área, Professor Universitário, etc., já operou a minha mãe e ela (e se a minha mãe é uma doente difícil) sai de lá a dizer que não doeu nada.
Oh meu Deus, que sofrimento até Setembro, até ao dia em que vou arrancar o meu rico dentinho. M-E-D-O!
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