Avançar para o conteúdo principal

Dúvidas existenciais

A minha filha ultimamente anda afrontada; anda com dúvidas face não só à sua existência, como à existência dos restantes seres à sua volta.

Primeiro questiona quem nasceu primeiro; depois, se lhe digo que fui eu, chora e insiste que foi ela. Depois vamos consultar os álbuns fotográficos e vê fotografias minhas grávida - ora, pergunto-lhe eu, se ela estava dentro da minha barriga, como é que pode ter nascido antes de mim!?

Quer dizer, poder até podia, mas para falarmos sobre isso teríamos que abordar os pressupostos da Filosofia Espírita e seria demais para aquela cabeça pequena.

Depois pergunta se eu e a minha irmã estivemos na barriga da minha mãe, e em que barriga é que a minha mãe esteve; mas o fim da picada foi mesmo perguntar quem esteve na barriga do meu pai!

Lá lhe expliquei que os bebés, sejam meninos ou meninas só estão na barriga das mamãs, porque a barriga das mamãs é que cresce.

A seguir:

"E como é que o dôtôle me tilou da tua barriga mamã?"

Lá lhe expliquei que demorou um bocadinho, porque ela estava a dormir sossegadinha; mas a pergunta não era essa, a pergunta era mesmo como é que tinha saído e por onde! Olha, a culpa é toda do umbigo. Mas um dia a mamã explica melhor, está bem!?

Não sei por mais quantos dias é que consegui adiar para uma explicação mais plausível. Ela anda a rondar-me, é só o que eu digo!

Comentários

Xica Maria disse…
Eu lembro-me de perguntar:

Oh paaaaaai, o que é uma virgeeeeeeeem???

:D

Mensagens populares deste blogue

Já começo a sentir o cheiro a férias...

Embora esteja a braços com uma bela gripe de Verão; antes agora, do que daqui a uns dias.

Portugal, aquele tal Estado laico que nos enfia pelos olhos e pela alma dentro os desígnios da suposta fé Católica

 Eu aprecio o Papa Francisco e respeito quem tem fé, quem acredita. Deus pode ser adorado de várias formas, mas o fausto e a sumptuosidade da Igreja Católica não são de todo o que vem nas Escrituras. E defendo que cada vez mais deveriam eclodir os valores da humildade e do amor ao próximo e sobretudo canalizar a riqueza para onde ela é mais necessária. Sejam verbas da Igreja, dos fiéis ou do Estado, e nesse Estado também entro eu, acho vergonhoso o aparato que tem uma jornada destas. A sua essência é um bluff.  Sejam jovens, adultos, ou idosos, a clara maioria dos envolvidos nesta epopeia não vale nada, não faz nada para que a sociedade em que vivemos seja melhor. Porque pouco faz no seu “quintal”, para com as pessoas com que se cruza, para com o vizinho do rés do chão, para com a/o namorada/o que dizia amar como jamais amou alguém e no dia seguinte, o melhor que tem para dar é…ghosting; para com os avós, os tios, os pais…ou um desconhecido que precisa desmesuradamente de ajuda. As cri